Porquê este blogue?

Num tempo muito inquietante, marcado por uma forte ofensiva ideológica, com a qual os média dominantes fazem chegar todos os dias a milhões de pessoas a desinformação organizada com o objectivo de servir e defender os interesses do grande capital, a leitura e divulgação de informação progressista e revolucionária é crucial para todos os que assumem como referência maior os valores e ideais de ABRIL!

A LUTA CONTINUA!

sábado, 29 de junho de 2013

GREVE GERAL NO ALGARVE

Dados sobre a Greve Geral no Algarve
                                     
Trabalhadores e população do Algarve 
dizem não a esta política e este governo
                          


DECLARAÇÃO DE JERÓNIMO DE SOUSA



Greve Geral de 27 de Junho de 2013:  

 abalo irreparável no Governo PSD/CDS-PP

                                                                               
1. A grande Greve Geral de hoje, com uma extraordinária adesão dos trabalhadores e uma convergência e apoio generalizado, expressos na opinião e nas ruas, constitui uma indiscutível manifestação da vontade de mudança e uma enorme demonstração de força dos trabalhadores e do povo português.

2. A Greve Geral de hoje evidencia quatro aspectos fundamentais:

Primeiro. A Greve Geral constitui um abalo irreparável no Governo PSD/CDS-PP e na sua política, um governo e uma política fora da lei, à margem e contra a Constituição da República, sem legitimidade e desacreditados. A partir de hoje a questão não é se o Governo vai ser derrotado. É a de prosseguir e intensificar a luta para acelerar o momento da sua derrota, libertando o País da sua política desastrosa.

Segundo. A Greve Geral constitui uma indesmentível exigência da rejeição da política de direita, dos PEC, do Pacto de Agressão subscrito pelo PS, PSD e CDS-PP com a União Europeia, o BCE e o FMI, do rumo de desastre nacional, de agravamento da exploração, empobrecimento, recessão, desemprego, ataque às funções sociais do Estado, aos serviços públicos, à democracia e à soberania nacional.

Terceiro. A Greve Geral constitui uma demonstração inequívoca de rejeição e de determinação, para enfrentar e derrotar o programa de medidas que visa uma nova diminuição dos salários e de outras remunerações, o aumento da precariedade, a facilitação dos despedimentos, incluindo a tentativa de dezenas de milhares de despedimentos na Administração Pública, o aumento do horário de trabalho, o aumento da idade da reforma, novas penalizações na protecção social, com menos apoio na doença e no desemprego, uma redução ainda maior do valor das reformas e pensões.

Quarto. A Greve Geral constitui uma inquestionável afirmação de participação, elevação de consciência social e de classe, força, dignidade e vontade de mudança, de quem não se resigna, nem se cala, perante a destruição das suas vidas e do país, de exigência de um futuro digno para as gerações actuais e para as gerações futuras, pelo emprego, os salários, os direitos, a contratação colectiva, a segurança social e os serviços públicos, pela demissão do Governo, a realização de eleições antecipadas, por uma política alternativa, por um Portugal com futuro.

3. A Greve Geral de hoje, uma das maiores de sempre, teve uma grande adesão e uma profunda repercussão na vida nacional, em todo o País e nos diversos sectores de actividade, na indústria, nos serviços, no sector privado e no sector público.

Na indústria com a paralisação de muitas empresas, total ou quase total, como o Arsenal do Alfeite, os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, Lisnave Mitrena, a Browning, a Sakthi, a Autoeuropa e o respectivo parque industrial, a Visteon, a Exide/Ex-Tudor, a Kemet, a Jadoibéria, a Grosbecker, a Mitsubishi, a Petrogal (Sines), a Dyrup, a Inapal, a Renault/Cacia, a Centralcer, a Kraft, a Parmalat, a Renoldi, a Cofinca, a Paulo Oliveira, a S. Gobain, cerâmica da Abrigada, a Valorsul, a INCM, entre tantas outras.

Nas Pescas com a paralisação generalizada das lotas e frotas de pesca.

Nos transportes com a paralisação total ou praticamente total da CP, CP Carga, Refer, EMEF, do Metropolitano de Lisboa, do Metro Sul do Tejo, do Metro do Porto, da Soflusa, da Transtejo, da Atlantic Ferries, dos STCP, dos transportes urbanos, em particular, de Braga, Guimarães, Coimbra e Barreiro, elevadíssimas adesões na Carris, nos TST, Transdev e, em geral, nos transportes privados de passageiros. Verificou-se a paralisação da generalidade dos portos marítimos nacionais. Nos transportes aéreos significativas adesões, designadamente nos sectores de terra (manutenção e handling) e impacto na operação aeroportuária.

Nos Correios, traduzida em particular por uma massiva adesão dos trabalhadores dos CTT e forte incidência em outras empresas.

Na Administração Pública verificou-se uma muito forte participação. Na saúde com expressões na generalidade dos hospitais e centros de saúde. Na educação em geral e no ensino superior. Na segurança social, na justiça, nas finanças e em outros serviços.

Na administração local nas diversas áreas desde a paralisação total ou quase total na recolha dos resíduos sólidos, à muito forte adesão nos serviços municipalizados e conjunto da actividade das autarquias.
Nos serviços são de salientar a dimensão das adesões verificadas na grande distribuição comercial, numa clara progressão de adesões neste sector, como é exemplificado pela cadeia Moviflor, e um significativo número de superfícies comerciais e lojas, na hotelaria e cantinas, no sector financeiro com centenas de balcões encerrados ou fortemente afectados, e na área de equipamentos e estruturas sociais designadamente das IPSS e Misericórdias.

Uma greve com forte expressão em muitas outras áreas como se verifica no sector das artes e do espectáculo, na comunicação social, evidenciado com adesões diversificadas e uma expressiva participação dos trabalhadores da Lusa.

Relevante é o facto de muitos trabalhadores com vínculos precários terem feito greve pela primeira vez.
Destaca-se desta jornada de luta a participação de muitos milhares de pessoas nas mais de 50 manifestações e concentrações realizadas, revelando um grande apoio e participação do povo português.

4. O PCP saúda os trabalhadores portugueses pela sua participação nesta jornada de luta, tanto mais significativa quanto se verifica numa situação marcada pelo desemprego, com um milhão e quinhentos mil trabalhadores desempregados, pela precariedade, pelas dificuldades económicas, por inúmeras ameaças e acções repressivas. Os trabalhadores afrontaram o medo, aderiram massivamente à Greve Geral, numa enorme demonstração de coragem e determinação, na defesa dos seus interesses e direitos, dos anseios do povo português, do futuro de Portugal.

O PCP saúda a CGTP-IN, a grande central sindical dos trabalhadores portugueses, que tomou a iniciativa de convocar a Greve Geral, as mais diversas estruturas e organizações que a ela se associaram, os milhares de dirigentes e activistas que com a sua consciência de classe, a sua dedicação, persistência, combatividade e coragem, no trabalho de esclarecimento e mobilização prévio, em piquetes de greve nas suas empresas e locais de trabalho e junto delas, criaram condições para o êxito desta grande jornada de luta dos trabalhadores e do povo português.

5. Portugal falou. Os trabalhadores, os desempregados, os reformados e pensionistas, as jovens gerações, o povo português, fizeram ouvir a sua voz face ao grande capital nacional e transnacional e aos seus representantes políticos no País e no mundo.

O PCP reafirma a necessidade e a urgência de pôr fim à política de direita que sucessivos governos têm aplicado e ao rumo de desastre nacional para que estão a empurrar o País. O PCP reafirma a sua confiança na necessidade e possibilidade de concretização de uma política patriótica e de esquerda e de um governo que a concretize.

O futuro do País está nas mãos dos trabalhadores e do povo, usando todos os direitos que a Constituição da República Portuguesa consagra, com o prosseguimento e intensificação da luta pelos seus interesses e direitos, pelos valores de Abril no futuro de Portugal.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

GREVE GERAL EM LAGOS

GREVE GERAL EM LAGOS



Fechado
-Lota
-Edifício Paços do Concelho
-Mercados Municipais (Avenida e St. Amaro)
-Estação de comboios
-Junta de Freguesia da Luz
Alguns estabelecimentos encerraram: papelaria Palinova; bar Fim-da-linha (estação de Comboios)




Parcial:
-Câmara Municipal Edifício Séc. XXI - 70%
-CTT: carteiros 100%; atendimento pouca adesão
-Tribunal só com uma audiência, sem mais serviços
-Escolas Gil Eanes 90% ; Júlio Dantas 50%; outras com fraca adesão; Professores cerca de 30% de adesão
-Finanças: fraca adesão
-Conservatória Civil: 75% ; Registo Predial 50%
-Centro Hospitalar Barlavento Algarvio (Lagos e Portimão): Enfermeiros 82% adesão; auxiliares 52% adesão


Aderência á Greve por parte de alguns trabalhadores em diversos outros serviços e empresas .



quinta-feira, 27 de junho de 2013

GREVE GERAL 27 DE JUNHO 2013

GREVE GERAL
27 de JUNHO
                                     

Acompanhar aqui a evolução da Greve
 no Algarve: 
                            
no País: 
                          
Concentração em Portimão ás 15:30
na Alameda - Praça da República

quarta-feira, 26 de junho de 2013

APELO AOS TRABALHADORES E AO POVO PORTUGUÊS



Comunicado da Comissão Política do Comité Central do PCP

                                          

Apelo aos trabalhadores e ao povo português

                                            


A Comissão Política do Comité Central do PCP apela aos trabalhadores e ao povo português para uma grande participação na Greve Geral da próxima quinta-feira, dia 27 de Junho, convocada pela CGTP-IN e que congrega um apoio crescente e generalizado.
                                              
É hora de dizer Basta!

Basta à política de direita praticada nos últimos 37 anos que empurrou Portugal para o declínio.

Basta à política dos PEC e ao Pacto de Agressão, subscrito por PS, PSD e CDS, que acentua todos os dias a degradação da situação do País, aumenta a exploração dos trabalhadores, o retrocesso social e o declínio nacional, compromete a vida de milhões de portugueses, o futuro do País e das novas gerações.
Basta de desemprego que atinge mais de um milhão e meio de trabalhadores e da recessão económica que se aprofunda.

Basta de diminuição dos salários e de outras remunerações, de aumento da precariedade, de facilitação dos despedimentos, incluindo a tentativa de dezenas de milhares de despedimentos na Administração Pública, de aumento do horário de trabalho, ao aumento da idade da reforma, de novas penalizações na protecção social com menos apoio na doença e no desemprego, de uma redução ainda maior do valor das reformas e pensões.

Basta de medidas dirigidas contra os trabalhadores, os reformados e a população que atingem a vida de centenas de milhar de famílias, arruínam milhares de PME, afundam ainda mais a economia nacional.

Basta de privatizações, desmantelamento das funções sociais do Estado, em particular o Serviço Nacional de Saúde, a Escola Pública e da segurança social.

Basta de exploração, corrupção, compadrio, tráfico de influências, de uso dos dinheiros públicos para enriquecimento pessoal e promiscuidade entre interesses políticos e económicos.

Basta de política de direita, ao Pacto de Agressão, que não visam outra coisa senão favorecer os interesses do grande capital nacional e transnacional.

Tudo o que estão a impor visa acumular os lucros da capital financeiro, saquear os recursos nacionais, ao mesmo tempo que afunda ainda mais o País. O Governo PSD/CDS age à margem e contra a Constituição da República. É um governo e uma política que estão a mais.
Em cada dia que passa é cada vez mais evidente a urgência de interromper este rumo para o desastre económico e social. É necessária e inadiável a demissão do Governo, a realização de eleições antecipadas para a Assembleia da República, a rejeição do Pacto de Agressão e a ruptura com a política de direita. É possível concretizar uma política e um governo patrióticos e de esquerda.

A Greve Geral do próximo dia 27 de Junho é uma oportunidade para dizer Basta.

Uma afirmação de dignidade e vontade de mudança.

Uma expressão de vontade e de determinação de todos quantos exigem um futuro digno para si e para as gerações futuras.
A Comissão Política do Comité Central do PCP apela para que, com a adesão à Greve Geral, cada um faça ouvir a sua voz, e afirme com a sua determinação que há um País que não se resigna, nem se cala perante o roubo dos salários e rendimentos, perante a liquidação de direitos sociais e injustiças.
Apelamos a que cada um faça ouvir a sua voz, com a sua participação nas concentrações e manifestações convocadas pela CGTP-IN em todo o País, a exigência de um futuro melhor.

Pelo emprego, os salários, os direitos, a contratação colectiva, a segurança social e os serviços públicos.
Contra a exploração e o empobrecimento.

Pela demissão do Governo, a realização de eleições antecipadas, pela mudança de política, por um Portugal com futuro.

Ver aqui: http://www.pcp.pt/apelo-aos-trabalhadores-e-ao-povo-portugu%C3%AAs

segunda-feira, 24 de junho de 2013

DESFILE DO PCP EM FARO




Direcção da Organização Regional do Algarve 

                  
 Desfile do PCP exige demissão do Governo 

e apela à Greve Geral
                                        
No dia em que se assinalaram dois anos de Governo PSD/CDS, cerca de duas centenas de comunistas e de outros democratas, desfilaram na baixa de Faro exigindo a demissão do Governo, eleições antecipadas e a concretização de uma política patriótica e de esquerda que responda aos problemas e às aspirações dos trabalhadores e do povo português.

Na capital do desemprego – o Algarve é a região do país com a mais elevada taxa de desemprego – foi exigido o fim das portagens na Via do Infante (medida que uniu e une o PS, o PSD e o CDS), o aumento dos salários e das pensões, a defesa da produção regional e nacional rompendo com uma política que, na região, apenas apostou no turismo e na especulação imobiliária. Foi ainda denunciada a situação de crescente exploração dos trabalhadores Algarvios – particularmente na hotelaria e no comércio -, a perseguição aos mariscadores e viveiristas que ganham o pão na Ria Formosa, a destruição de serviços públicos como nos correios e na saúde, a extinção de várias freguesias, o empobrecimento de milhares de idosos, a ruína de muitos micro e pequenos empresários que são também vítimas da política de direita.

Saudou-se ainda, nas duas intervenções realizadas – por Botelho Agulhas do Comité Central e por Vasco Cardoso da Comissão Política e responsável pela DORAL – as muitas lutas travadas no Algarve ao longo deste ano, apelando-se simultâneamente a uma ampla e combativa participação na Greve Geral do próximo dia 27 de Junho, convocada pela CGTP-IN. Assinalados que foram estes dois desastrosos e penosos anos de Governo PSD/CDS, ficou claro que, com excepção do grande capital que tem enchido os bolsos à conta desta política, é impensável para o povo português suportar mais dois anos com este governo e com esta política.

Nesta iniciativa participaram ainda vários independentes, que estão empenhados na afirmação da CDU como a alternativa à desastrosa gestão autárquica que PS, PSD e CDS têm promovido nas 16 câmaras municipais do Algarve e deu-se força a essa importante batalha política e eleitoral que será determinante para derrotar um governo ilegítimo e cada vez mais isolado.


O Secretariado da Direcção da Organização Regional do 
Algarve do PCP

quarta-feira, 19 de junho de 2013

DESFILE DO PCP EM FARO


Partido Comunista Português
                                 
Direcção da Organização do Algarve

                                                               
PCP realiza a 21 de Junho desfile em Faro pela      demissão do Governo PSD/CDS

No dia 21 de Junho, assinalam-se dois anos de governo PSD/CDS de Paulo Portas e Passos
Coelho. São dois anos de uma política que, na continuidade de governos anteriores,
acelerou a exploração e o empobrecimento dos trabalhadores e do povo português, o saque
dos recursos nacionais, o agravamento da dependência e da dívida externa. Dois anos onde,
não só todos os problemas se agravaram, como não foi cumprida nenhuma das promessas
realizadas.

Concretizando uma política contra a Constituição da República e contra o povo português,
este é um governo ilegítimo e cada vez mais isolado. Uma situação em que cada dia que
passa, na sua obra de destruição do país e de submissão aos interesses do capital, é um dia
em que está a mais.

Neste sentido, a Direcção da Organização Regional do Algarve do PCP irá realizar no
próximo dia 21 de Junho, às 17:30, um desfile em Faro, com partida da Rua de Portugal sob
o lema "Pela demissão do Governo. Por uma política patriótica e de esquerda". Uma acção
que mobilizando os comunistas, é aberta a outros democratas e patriotas, e convergente
com os objectivos da Greve Geral de 27 de Junho.

O Secretariado da DORAL do PCP

terça-feira, 18 de junho de 2013

ESTUDOS EUGÉNIO ROSA


A situação do país é já pior do que quando entraram em funções a "troika" e este governo
                                                                                                                                                       
 Estudos Eugénio Rosa - economista-
                                                                                                                                                                             
MAIS IMPORTANTE QUE PENSAR NO PÓS-TROIKA É IMPEDIR QUE A “TROIKA” E ESTE GOVERNO DESTRUAM AINDA MAIS A ECONOMIA E A SOCIEDADE PORTUGUESA

A política de cortes brutais nos rendimentos dos trabalhadores e dos pensionistas e de enormes aumentos de impostos aplicada em contraciclo, ou seja, em plena recessão económica não só em Portugal mas já também na maioria dos países da U.E., a continuar deixará o país numa situação muito pior que a atual, que é já pior do que a que existia quando a “troika” e o governo PSD/CDS entram em funções. Alguns dados oficiais apresentados sob a forma de gráfico, para que a leitura seja mais fácil e clara, tornarão esta afirmação evidente e pacifica.

ENTRE 2011 E 2013, A QUEBRA NO PIB É SUPERIOR A 7%, O QUE CORRESPONDE A 1,5 VEZES O DÉFICE ORÇAMENTAL FIXADO PELA “TROIKA” PARA 2013
O gráfico 1, construído com dados das Contas Nacionais Provisórias do INE publicadas em 2013 e do Orçamento retificativo de 2013, mostra com clareza o que aconteceu em Portugal após a entrada da “troika” e a entrada em funções do governo PSD/CDS

Gráfico 1 – A queda do PIB em Portugal durante a “troika”
 
Eliminando o efeito do aumento de preços, o valor do PIB, ou seja, o valor de toda a riqueza criada em Portugal em 2013 será inferior à que foi criada em 2010, em mais de 11.000 milhões €, ou seja, um valor muito superior ao valor do défice orçamental previsto. Portanto, admitindo que a previsão de recessão do governo (quebra de 2,3% do PIB) se verifique (e a experiencia já mostrou que este governo e esta “troika” nunca acertam nas previsões), a situação em 2014 será muito pior do que a existente no início de 2011. Mas não é apenas por esta razão que a situação é pior.
NO FIM DE 2013, EXISTIRÃO EM PORTUGAL MENOS 463.000 EMPREGOS DO QUE NO INICIO DE 2011
O gráfico 2, construído com dados do INE e do Orçamento retificativo, mostra o ritmo de destruição de empregos em Portugal desde que a “troika” e este governo entraram em funções.

Gráfico 2 – A destruição de emprego em Portugal com a “troika”e com o governo PSD/CDS
 
Segundo as previsões constantes do Orçamento retificativo de 2013 apresentado pelo governo, existirão em Portugal, no fim de 2013, menos 463.000 empregos dos que existiam no inicio de 2011. Esta redução brutal do emprego em Portugal significa que a politica imposta ao País pela “troika” e pelo governo PSD/CDS causou a destruição de 422 empregos por dia, incluindo sábados, domingos e feriados. Como consequência o desempego disparou, empurrando centenas de milhares de famílias para a miséria, e a única coisa que os “senhores” da “troika” e Vitor Gaspar têm para dizer aos portugueses é que é um “resultado surpreendente e não esperado” ou então, como escreveu o FMI, que se “enganaram”. E com estas palavras procuram desresponsabilizar-se do que fizeram.

EM 3 ANOS DE “TROIKA” E DE GOVERNO PSD/CDS A DIVIDA PÚBLICA AUMENTOU EM 60.000 MILHÕES €, O QUE TEVE COMO CONSEQUÊNCIA QUE OS JUROS TENHAM DISPARADO
Uma das grandes mentiras da “troika” e do governo PSD/CDS é que a sua politica levaria a uma contenção da divida e à sua redução. Mas o que aconteceu foi precisamente o contrário como mostra o gráfico 3 construído com dados do Boletim Estatístico do Banco de Portugal de 2013.

Gráfico 3 ~ O aumento da Divida Pública Total e externa com a “troika” e governo PSD/CDS em Milhões €

 
Em 2 anos e um trimestre de “troika” e de governo PSD/CDS a divida pública externa aumentou em 36.000 milhões € e a divida pública total (que inclui também a interna) cresceu em 59,000 milhões €, ou seja, à média de 54 milhões € por dia, incluindo sábados, domingos e feriados. Este crescimento brutal da divida pública torna cada vez mais insustentável a situação do próprio Estado. Uma das consequências é o disparar dos juros.

Entre 2010 e 2013, os juros com a divida pública aumentaram em 53,7%, pois passaram de 4.850 milhões € para 7.454 milhões € o que está a tornar a situação insustentável. Para pagar aos credores, e não para pagar pensões e salários como tem afirmado Passos Coelho, o governo procedeu a um corte brutal na despesa pública (cortou salários e pensões, confiscou subsídios de ferias e de Natal, reduziu o subsidio de desemprego, o RSI, o direito ao abono de família, etc.) e fez um enorme aumento de impostos, para empregar as palavras do próprio Vitor Gaspar.

É evidente que esta situação se agravará ainda mais se a “troika” e o governo conseguirem levar para a frente a intenção já anunciada de proceder, até a 2015, a mais um corte na despesa pública de 4.700 milhões €, o que traduzir-se-ia em dezenas de milhares de despedimentos na Função Pública, agravando o desemprego no país; num corte muito grande nos salários e pensões; numa redução de serviços públicos essenciais à população, como a saúde, a educação e a segurança social, e lançaria o país numa recessão económica ainda maior que a atual.

PORTUGAL CHEGA A 2014 COM UMA DIVIDA PÚBLICA QUE JÁ NÃO CONSEGUE PAGAR E NESSA
ALTURA DIZEM QUE O PAÍS TERÁ DE “IR AOS MERCADOS”

Se o povo português não conseguir pôr um travão nesta politica de destruição nacional levando o presidente da república a demitir o governo, Portugal chegará a 2014 a produzir muito menos do que em 2010, com um desemprego elevadíssimo, com uma divida pública que não conseguirá pagar, ou seja, numa situação pior que estava em 2011, e ainda com a necessidade de ir aos “mercados” para obter meios financeiros para pagar empréstimos que vencem nesse ano e nos anos seguintes, e cuja amortização só será possível com novos empréstimos. O único ponto positivo que os defensores desta politica conseguem apontar é a redução do défice externo, e mesmo este é temporário pois logo que o investimento e o consumo recupere o défice disparará

Portugal terá de pagar, em 2014, 14.110 milhões € de empréstimos que se vencem nesse ano; em 2015, o montante a amortizar já atinge 16.740 milhões €; em 2016, a divida a pagar é já de 16.740 milhões €; etc... E estes valores ainda não incluem a dívida a curto prazo, que é também elevada.

A questão que se coloca é a seguinte: Como é que um pais mergulhado numa profunda recessão económica, que perdeu uma parcela importante da sua riqueza anual, em que foram destruídos quase meio milhão de postos de trabalho, com um desemprego que atinge mais de um milhão e quinhentos mil portugueses, com um Estado profundamente endividado e a ter de pagar juros já incomportáveis, e ainda com um elevado défice orçamental, poderá pagar tal volume de empréstimos? 

A resposta é NÃO PODE PAGAR.

 E se recorrer aos mercados vai numa situação muito frágil e terá de se sujeitar a juros, prazos e condições que os grandes bancos, companhias de seguros e fundos, que dominam esses mercados, exigirem e que serão certamente incomportáveis para o país. Eis a situação que 3 anos de “troika” e de governo PSD/CDS levaram o país, colocando-o numa verdadeira armadilha que é preciso sair o mais rapidamente possível sob pena destes “senhores” condenarem Portugal e os portugueses a uma agonia e a um sofrimento grande sem fim à vista.

 
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