Porquê este blogue?

Num tempo muito inquietante, marcado por uma forte ofensiva ideológica, com a qual os média dominantes fazem chegar todos os dias a milhões de pessoas a desinformação organizada com o objectivo de servir e defender os interesses do grande capital, a leitura e divulgação de informação progressista e revolucionária é crucial para todos os que assumem como referência maior os valores e ideais de ABRIL!

A LUTA CONTINUA!

domingo, 29 de dezembro de 2013

MENSAGEM DE ANO NOVO DE JERÓNIMO DE SOUSA



Mensagem de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral        

Mensagem de Ano Novo de Jerónimo de Sousa

                                  

Num momento em que o governo executa uma política destrutiva, de confisco de salários, reformas e pensões, de ataques a direitos fundamentais, Jerónimo de Sousa deixa na sua mensagem de Ano Novo, «uma palavra de confiança, de esperança, dessa esperança que não fica à espera, que ganha nova dimensão com a luta dos trabalhadores e do povo».

O Secretário-Geral do PCP destaca que em 2014 se assinala «o ano 40 da Revolução de Abril, desse Abril que se transformou no acto e no processo mais avançado da nossa história contemporânea», e reafirma o compromisso de que «o PCP, nas horas boas e nas horas más, estará do lado certo, do lado dos trabalhadores e do povo português».

sábado, 14 de dezembro de 2013

JORNADAS PARLAMENTARES DO PCP NO ALGARVE




CONCLUSÕES DAS VISITAS E REUNIÕES EFECTUADAS NO AMBITO DAS JORNADAS PARLAMENTARES DO PCP
                                
FARO, 2 e 3 DE DEZEMBRO

O direto com a realidade, com as instituições e as populações são uma das características do trabalho do Grupo Parlamentar do PCP e estiveram bem presentes nas Jornadas Parlamentares realizadas aqui, no Algarve. A atividade económica mereceu a nossa especial atenção, procurando ter uma visão abrangente, incorporando a atividade agrícola, piscatória, turismo, indústria naval e transportes.

A recente iniciativa do Governo de promover a desclassificação de zonas de produção de moluscos bivalves, na Ria Formosa e em diversas outras zonas estuarino-lagunares e litorais do país, criou uma situação dramática para muitos milhares de mariscadores e viveiristas que, de um dia para o outro, veem a sua atividade seriamente comprometida. A classificação de extensas áreas da Ria Formosa como zonas de produção de bivalves de nível B ou C implicará um imediato aumento dos custos de produção, insustentável para muitos mariscadores e viveiristas, que, desse modo, se verão forçados a abandonar a sua atividade. Tal situação, além dos óbvios prejuízos para a economia regional, privará milhares de mariscadores e viveiristas e respetivas famílias do seu ganha-pão. Esta é uma situação inaceitável, quer do ponto de vista social, quer do ponto de vista económico, resultante da inação de sucessivos governos do PS ou do PSD/CDS que foram adiando os investimentos necessários à promoção do imenso potencial económico da Ria Formosa.

Em reunião com citricultores em S. Bartolomeu de Messines, foram colocados um conjunto importante de problemas que afetam o setor. Problemas que envolvem os custos de produção, em que o aumento da eletricidade e do IVA da mesma oneram grandemente as explorações, custos que nalguns casos duplicaram em relação a 2009. Aos custos da eletricidade acresce a cobrança da contribuição audiovisual associada a cada contrato (há agricultores com mais de dez contratos), em que as isenções legalmente previstas e concedidas não são reconhecidas pela EDP.

O escoamento da produção de citrinos faz-se essencialmente para a grande distribuição que continua a asfixiar os produtores nos preços e nos prazos de pagamento, problemas velhos que não se resolveram com a Plataforma de Acompanhamento das Relações da Cadeia Agroalimentar (PARCA). A transformação também não se revela uma solução viável. A entrega de citrinos para a produção de concentrados é paga a 7 cêntimos a laranja e a 1 cêntimo a clementina, muito inferiores aos custos do aterro. Assim, a transformação joga com os valores pagos pelos produtores para entrega dos citrinos em aterro, o que faz com que lhe compense vender a muito baixo custo.

Há preocupações sobre o acesso à terra, existindo interesse em investir em terras abandonadas cujos proprietários não querem vender ou arrendar. Esta situação não tem qualquer solução através da Bolsa de Terras, uma vez que não existem incentivos/imposições à disponibilização em bolsa de terra abandonadas.

Foi ainda transmitida a preocupação com a Lei que estabelece a titularidade dos recursos hídricos, que pode retirar aos pequenos agricultores da Serra, a estreita faixa de margem dos cursos de água que utilizam para fazer agricultura.

O encontro com a Entidade Regional de Turismo do Algarve veio confirmar os alertas e preocupações do PCP quanto às políticas que têm sido seguidas nesta área. A ausência de uma verdadeira estratégia de desenvolvimento integrado, de articulação entre os agentes do sector para a qualificação da oferta e sua promoção, só vem agravar os problemas do caráter sazonal da atividade. A quebra da procura interna, resultante da perda do poder de compra na população portuguesa e da degradação dos seus direitos e condições de vida, retira ao sector do turismo uma importantíssima base do seu potencial de desenvolvimento. Por outro lado, o abandono a que a TAP tem votado este destino, reduzindo-o apenas à ligação a Lisboa, acentua a dependência do Algarve face às companhias “low cost”, que exigem apoios públicos cada vez maiores. Ao manter a 23% o IVA na restauração e bebidas, ao manter as portagens na Via do Infante e o estado de degradação da EN-125, ao acentuar a asfixia financeira às autarquias (com destaque para os territórios que são confrontados com as maiores exigências e pressões populacionais na época alta), ao prosseguir com uma política ruinosa e penalizadora para a Região e o País, o Governo agrava as perspetivas de um Algarve mais dependente, mais vulnerável, mais marcado pela precariedade e o desemprego.

Em visita aos Estaleiros da Empresa Nautiber confirmaram-se os efeitos negativos da dependência extrema que a economia regional tem da monoatividade turística desligada de atividades produtivas a montante, nomeadamente a pesca. O fim dos apoios à renovação da frota pesqueira, concentrando-os na modernização de motorizações e equipamentos eletrónicos conduz a que, na prática, os fundos comunitários dirigidos ao sector das pescas em Portugal seja transferido para os grandes grupos económicos dos principais países do centro e norte da Europa. Apesar de a empresa continuar a laboral, apostando na diferenciação da produção, a crise económica e a destruição do sector produtivo nacional tem intensificado a degradação da construção e reparação naval. A realidade vivida por esta pequena e média empresa da construção naval demonstra a necessidade de uma política de desenvolvimento dos sectores produtivos, não discriminando as pequenas e médias empresas nacionais através do investimento público, nomeadamente na aquisição de meios navais encomendados à indústria naval nacional.

Na visita ao Porto Comercial de Portimão verificou-se uma grande identificação com a proposta do PCP, nomeadamente sobre a administração dos portos do Algarve e o investimento nos portos, designadamente de Portimão e Faro. Foram evidenciadas reservas quanto ao modelo de administração defendido por este Governo e preocupações quanto ao papel dos portos comerciais de Portimão, Faro e Vila Real de Santo António neste contexto. Numa situação de falta de financiamento que se tem vindo a agravar ao longo de 2013 os trabalhadores portuários estão preocupados, receando que a separação das atividades portuárias comerciais, das de recreio e das pescas, torne difícil o seu enquadramento profissional e até a salvaguarda dos seus postos de trabalho, prejudicando os seus direitos e o eficaz funcionamento da operação portuária. Face ao anúncio pelo Governo de um investimento de 10 milhões de euros no porto de Portimão e 4 milhões no porto de Faro, no seguimento das propostas apresentadas pelo PCP, torna-se indispensável que seja calendarizado o compromisso de efetivação desses investimentos.

Na reunião com a Refer, foi apurado, que na falta de uma política de desenvolvimento da linha ferroviária do Algarve, a Refer, nos últimos 4 anos optou por uma ação de substituição de equipamentos e melhoramento de sistemas de apoio, ramal a ramal. Foi afirmada pelo PCP a opção estratégica da valorização da ferrovia e a importância da eletrificação da linha ferroviária do Algarve, em toda a sua extensão, com possibilidade técnica dessa operação ser efetuada por fases. Reafirmada a perspetiva da duplicação da via face às necessidades futuras, que em alguns troços como por exemplo Tavira ou Olhão/Faro pode ser mais urgente, ficou claro que a atual linha ferroviária tem condições e disponibilidade suficiente, no imediato, para aumentar a frequência da circulação, garantir a ligação direta entre Lagos e Vila Real de Santo António e melhorar de forma mais geral o serviço de transporte ferroviário.

A sessão pública realizada na sede da Junta de Freguesia de São Bartolomeu de Messines sobre os serviços públicos permitiu auscultar vários testemunhos que manifestaram preocupação com a desertificação do território, que a escassos quilómetros da costa sofre de todos os problemas da interioridade. Foram referidos exemplos de uma estação dos CTT entregue a um florista e da falta de transportes ferroviários e rodoviários, que coloca as populações numa grave situação de isolamento.

No encontro com a Comissão de Trabalhadores da ANA Aeroportos ficaram patentes as preocupações quanto ao futuro dos trabalhadores da empresa e do Aeroporto de Faro. Depois do desmantelamento da Escala de Faro na TAP, depois da privatização da gestora aeroportuária, subsistem as incertezas e ameaças de uma reestruturação não assumida, do aprofundamento das estratégias de “externalização” e abandono de serviços e áreas de intervenção, cortando postos de trabalho, numa linha de favorecimento de interesses privados à custa dos trabalhadores e do interesse nacional.

Destacamos ainda as questões que se colocam no âmbito dos direitos dos trabalhadores, da saúde e da educação.

Aos problemas económicos próprios da região (afunilamento da economia no sector do turismo) acrescem todos os problemas nacionais. Degradação económica e social, elevado desemprego, desregulação dos horários de trabalho, salários em atraso, salários abaixo da média nacional e a baixar, encerramento de empresas, precariedade e encerramento de serviços públicos marcam a região.

É visível na região do Algarve o processo de concentração da riqueza que tira cada vez mais riqueza a quem a produz para a entregar a meia dúzia de grupos económicos. A título de exemplo no sector do turismo, as dormidas e os lucros aumentam mas a exploração agrava-se por via da precariedade, do desemprego e pela desregulação e aumento da jornada de trabalho.

Na reunião com o Executivo Municipal de Silves, onde estiveram representados, para além da Presidente da Câmara (CDU), vereadores da CDU, do PS e do PSD, foi manifestado o apreço pela realização das Jornadas Parlamentares do PCP no Algarve e foi dado conta da preocupação dos autarcas de Silves com a degradação das condições de prestação de cuidados de saúde que se tem verificado no Hospital do Barlavento Algarvio.

Do encontro com o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve sublinham-se os problemas relacionados com o subfinanciamento crónico, que impede a realização de alguns investimentos, nomeadamente na aquisição de equipamentos para a realização de meios complementares de diagnóstico e terapêutica; a carência de profissionais de saúde, nomeadamente de médicos (mais grave nas especialidades de obstetrícia, pediatria, anestesiologia, oftalmologia, ortopedia e otorrinolaringologia), enfermeiros e assistentes operacionais (faltam 80 enfermeiros e 60 assistentes operacionais); o recurso à subcontratação de profissionais através de empresas de trabalho temporário, designadamente para assegurar serviços de urgências; e os impactos da criação do Centro Hospital do Algarve na acessibilidade dos utentes à saúde, avolumando-se as preocupações quanto à manutenção das valências e serviços do Hospital de Portimão, tendo em conta as deslocações de médicos entre unidades hospitalares.

Não se conhece nenhum plano concreto sobre a reorganização de serviços decorrente da criação do Centro Hospitalar do Algarve, o que está a gerar uma grande instabilidade junto dos profissionais de saúde e dos utentes. A construção do Hospital Central do Algarve assume neste contexto uma grande importância no reforço da prestação dos cuidados de saúde às populações, de qualidade e no tempo adequado. Apesar de ter sido considerado um investimento prioritário pelo Governo, não existe um programa de execução.

A realidade do Centro de Saúde de Vila Real de Santo António, pese embora as especificidades e particularidades, não é alheia à realidade que é vivida pelos cuidados de saúde primários, nomeadamente a falta de profissionais de saúde, nomeadamente, assistentes técnicos e operacionais e técnicos de saúde, como fisioterapeutas - existe apenas um na unidade de cuidados na comunidade – e a insuficiência das instalações decorrentes de problemas existentes há vários anos e nunca solucionados, sendo por isso necessário obras de remodelação/ requalificação do edifício. Constatámos também a dificuldade de articulação entre os cuidados de saúde de primários e os cuidados hospitalares, evidenciado no número de utentes em lista de espera para a primeira consulta.

No tocante ao Serviço de Urgência Básica (SUB) de Vila Real de Santo António há notícias que dão conta do possível encerramento deste serviço, embora não haja conhecimento oficial dessa intenção. No passado, foi a luta dos profissionais de saúde e das populações que impediram o encerramento do SUB como estava previsto. Nem a Administração Regional de Saúde do Algarve, nem o Centro Hospitalar do Algarve assumem a tutela da SUB, procurando empurrar responsabilidades entre si, em prejuízo das populações.

O PCP continuará a exigir o financiamento necessário para que o Serviço Nacional de Saúde seja dotado de recursos materiais e humanos que permitam a prestação de cuidados de saúde com qualidade.

O subfinanciamento crónico agravado pelos cortes recentes nas transferências do Orçamento do Estado para a Universidade do Algarve, constituem a maior constrangimento ao seu desenvolvimento, colocando em causa o normal funcionamento da instituição e comprometendo o seu futuro. A asfixia financeira da Universidade do Algarve tem efeitos na degradação da qualidade pedagógica, na gestão corrente, nas condições de trabalho e vínculos laborais dos seus funcionários docentes e não docentes, assim como nos apoios sociais indiretos aos estudantes, agravando as taxas de abandono escolar. O PCP continuará a exigir do Governo o financiamento que responda às necessidades específicas de funcionamento, investimento e desenvolvimento da Universidade do Algarve.

Na visita à Escola Secundária João de Deus em Faro comprovámos, uma vez mais, o efeito das políticas de destruição da escola pública levadas a cabo pelo Governo. Dum enorme conjunto de preocupações assinaladas pela Direção da Escola, salientam-se a constituição de mega agrupamentos e as consequências para o funcionamento das escolas, falta de pessoal não docente e o recurso aos contratos emprego inserção para responder a necessidades permanentes, agravando a precarização das relações laborais.

Esta escola representa um exemplo das críticas que o PCP tem apontado ao processo de requalificação efetuado pela Empresa Parque Escolar, quer na fase inicial de conceção do projeto, quer agora nesta fase, devido ao atraso nas obras. Com um prazo inicialmente previsto de 18 meses, passados 4 anos não existe neste momento a certeza do prazo de conclusão das obras. As aulas decorrem em contentores onde chove; a cantina não tem capacidade de resposta; não há sala de convívio e há problemas de climatização, enfim, é uma escola que pode equiparar-se a um estaleiro de obras. O PCP exige que o Governo PSD/CDS tome as medidas necessárias para a conclusão imediata das obras.

Na reunião com o Agrupamento de Escolas Paula Nogueira (Olhão), onde existem duas unidades de multideficiência e surdo cegueira, confirmámos os impactos gravíssimos da redução dos apoios humanos e materiais no apoio a todos os alunos, e em particular aos alunos com necessidades educativas especiais. Este Agrupamento integra 170 alunos com necessidades educativas especiais. A redução do número de professores de educação especial impediu o funcionamento a tempo inteiro da unidade, e até 30 de novembro muitas crianças foram mesmo obrigadas a ficar em casa. Ao não assegurar o número necessário de professores de educação especial, funcionários, psicólogos, fisioterapeutas e terapeutas da fala o Governo PSD/CDS nega condições de inclusão e aprendizagem. O recurso ilegal à precariedade para necessidades permanentes das escolas é inaceitável e coloca em causa a Escola Pública Inclusiva para todos.

No Conservatório Regional de Vila Real de Santo António, verificámos uma situação de extrema dificuldade por parte da escola para cumprir a sua missão no âmbito do Ensino Especializado da Música. A escola tem sofrido o atraso das transferências correspondentes ao Contrato de Patrocínio com o Ministério da Educação e Ciência, que se vem sentindo anualmente desde 2009, bem como a não transferência das verbas correspondentes a contratos programas com a autarquia de anos passados.

Em geral por todo o país e também no Algarve, a política de conservação e valorização de património é o reflexo dos efeitos de uma política de desfiguração do Estado que se traduz no abandono do património e na gradual incapacitação das estruturas, nomeadamente dos museus, para o cumprimento da sua missão fundamental.

É necessária uma política de valorização e investimento no Ensino Especializado da Música e da Dança, em articulação com os conservatórios regionais, verdadeiros promotores da democratização do acesso à criação e fruição artística. Da mesma forma, é urgente o reforço do papel do Estado, diretamente ou através das autarquias, na conservação e valorização do património cultural do país.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

PAULO SÁ VISITA LAGOS



PAULO SÁ, DEPUTADO DO PCP PELO ALGARVE,
                                  VISITOU LAGOS

                           NO APOIO A UMA  JUSTA TRIBUTAÇÃO DOS
                        MICRO E PEQUENOS PRODUTORES AGRÍCOLAS  

  No sábado, dia 30 de Novembro, o deputado do PCP pelo Algarve Paulo Sá, acompanhado por militantes e simpatizantes do PCP, visitou o mercado semanal de levante de pequenos produtores agrícolas em Lagos, informando-se diretamente junto dos vendedores acerca dos problemas criados pelo governo.

  A obrigatoriedade de registo nas Finanças e a emissão de faturas para todas as vendas dos produtores agrícolas, cujo rendimento anual bruto não seja superior a 10 mil euros, estão a provocar protestos e uma enorme indignação destes agricultores e a exigência que sejam imediatamente suspensas.

  A aplicação desta legislação irá inviabilizar a continuidade deste mercado, que, além da importância no abastecimento local de produtos frescos de qualidade, é fundamental para os recursos económicos destes agricultores, e um importante fator socio/cultural, de desenvolvimento da agricultura familiar tradicional e ecológica, e da promoção turística do Município.

  Paulo Sá tomou conhecimento das iniciativas destes agricultores junto da Assembleia e Câmara Municipal, e do abaixo-assinado, que se encontra em divulgação, de exigência de revogação desta legislação, e que pretendem alargar a outras situações semelhantes do Algarve.

  Paulo Sá informou das iniciativas já tomadas neste mesmo sentido ao nível da Assembleia da Republica pelo grupo parlamentar do PCP, incluindo nova Proposta de Resolução, que aguarda debate e votação pelos deputados.

  Igualmente fez apelo à participação dos cidadãos no apoio e solidariedade para com estas justas reivindicações dos pequenos agricultores, e para  assinatura da petição, para faze-la chegar à Assembleia da Republica.

Lagos, 2.dez.2013
A Comissão Concelhia de Lagos do PCP

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

CARTA ABERTA SOBRE A PONTE D.MARIA II



CARTA ABERTA SOBRE A PONTE D.MARIA II, EM LAGOS              
           No estudo de uma estrutura, o engenheiro entra com 20% de técnica, e 80% de cultura
                                                                                                  Edgar Cardoso, engenheiro civil
   
                                               

A ponte de D.Maria II em Lagos, é elemento decisivo para o equilíbrio da estrutura urbana da cidade de hoje, e tem um papel fundamental entre o seu mais rico património histórico e de memória.

A CDU, consciente desta indesmentível realidade, quer urbanística, quer cultural, entende que, em nome da transparência democrática na vida da cidade, a situação actual exige que a população esteja informada do caminho para a correcta solução a dar à ponte, para hoje e para o futuro.

De origens remontando a uma data imprecisa, talvez que da Antiguidade, a ponte D.Maria II, constituída por 12 arcos de volta perfeita, em alvenaria, fez parte da EN125 como a única ligação, com uma só faixa de transito, entre as duas margens da Ribeira de Bensafrim, e portanto também único acesso de Lagos para a Meia Praia.  As diferenças de amplitude entre arcos da ponte, devem-se a sucessívas reconstruções parciais, por destruições devidas a terramotos e enxurradas, já aparecendo como arruinada na planta da Baía de Lagos de 1794.

No final da década de 1950, o tabuleiro original foi demolido e alargado para duas faixas de rodagem, com uma laje de betão armado sobreposta na arcaria de alvenaria. O erro técnico de simplesmente apoiar uma estrutura de material dinâmico num suporte de material inerte, aliou-se ao erro cultural de descaracterizar um importante elemento do património histórico de Lagos.

Aquele erro técnico, agravado com o transito pesado de 5 décadas, provocou o hoje visível risco de eminente ruina de alguns arcos, e a ponte foi encerrada ao tráfego, pedestre e de veículos, por parecer do Laboratório Nacional de Engenharia Civil.

A indispensabilidade de eliminar o erro técnico que esteve na raiz do encerramento da ponte, cria a oportunidade de reparar o erro cultural, pois que em termos de gestão do território, e neste caso com perspectiva urbanística, quando uma ponte já não satisfaz a sua função, alia-se a técnica à cultura, e constrói-se outra.

Para apoiar este argumento, não seriam precisos outras razões além do bom senso e da boa gestão. No entanto, vejamos que, com problemas exactamente identicos de retirada de estradas nacionais de pontes que já não satisfaziam, construíram-se novas pontes em Silves, em Portimão, em Tavira, substituindo as pontes existentes, que se mantiveram para outras funções e foram até valorizadas como património histórico. Mesmo a outra escala, em Lisboa, no Porto, em Coimbra, como aliás por todo o mundo, casos similares foram resolvidos com novas pontes.

Sem rigorosamente nenhum prejuízo de caracter técnico rodoviário, e com todas as imensas vantagens de caracter cultural e de responsabilidade perante o futuro, também Lagos tem óptima solução para o seu problema.

A CDU considera que essa solução será, muito simplesmente, construir uma nova ponte do lado poente do Pingo Doce, desviando o arruamento ali existente, para o ligar ao arruamento existente na margem direita, até junto do nó da rotunda do barco.

A ligação rodoviária com a Meia Praia ficará, na prática, em tudo idêntica à que está interrompida. Ficará ainda proporcionado o acesso directo da margem esquerda ao Complexo Desportivo.

Ao mesmo tempo, assim se enriquecerá Lagos com a recuperação da valiosa originalidade patrimonial da ponte de antes de 1950, destinando-a exclusivamente para transito pedestre, portanto sem os custos das exigências técnicas para admitir cargas pesadas. Da mesma maneira, ficarão satisfeitos todos os interesses envolvidos, públicos e privados, urbanísticos, culturais, comerciais.

Perder esta oportunidade, será um imperdoável crime urbanístico/cultural, se porventura se insistisse em manter todos os erros que na obra dos anos 50 do século XX, e inacreditavelmente repetidos no Plano de Urbanização de Lagos de 2008, incidiram sobre o património histórico e de memória que é a ponte de D.Maria II, na autenticidade da sua antiga forma.

Em contrapartida, a nova ponte, dos dias de hoje, será um contributo inestimável, tanto como expressão da técnica e da cultura da nossa época, como na estruturação harmoniosa do futuro de Lagos.

A CDU vê este caso como de extrema urgência, o que, não querendo dizer precipitação, significa que merece amplo debate público abrangendo a população, os saberes técnicos, os valores culturais e os interesses abrangidos.

Por isso, a CDU divulga esta Carta Aberta.

Lagos, Outubro.2013
A CDU de Lagos

terça-feira, 15 de outubro de 2013

MANIFESTAÇÃO EM LISBOA

Todos a Lisboa 
                    
Todos Por Abril
                      
                                                           
Autocarro de Lagos ás 8:00 
na rotunda das cadeiras
Contacto 963843846

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

DORAL - RESULTADOS ELEITORAIS

PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS
                               
Direcção da Organização Regional do Algarve
                                                                     
Resultado eleitoral expressa exigência de mudança e confiança no projecto autárquico da CDU

No passado dia 29 de Setembro, milhares de eleitores – no Algarve e no país - foram chamados a pronunciarem-se sobre as escolhas a realizar para as autarquias locais. Face aos resultados alcançados pela CDU e pelas restantes forças políticas a DORAL do PCP considera o seguinte:

1- O resultado alcançado pela CDU no Algarve – mas também no país – traduz uma assinalável progressão eleitoral face a 2009, expressa numa subida de 71% no número de votos obtidos para as Câmaras Municipais (passando de 1 para 8 vereadores em 6 concelhos da região), em cerca de 22 mil votos obtidos para as Assembleias Municipais passando de 18 para 34 mandatos e na obtenção de 66 mandatos para as Assembleias de Freguesia face aos 41 obtidos há 4 anos atrás.

A CDU para além de ser a única força política que subiu a sua votação quer em percentagem, quer em votos, quer também em número de mandatos (de 60 para 108), manteve ainda a presidência das juntas de Freguesia de Santa Bárabara de Néxe, de São Bartolomeu de Messines e de Silves, recuperou vereadores nas câmaras municipais de Vila Real de Santo António, de Olhão, de Faro, de Portimão e Lagos e reconquistou, 16 anos depois, a Presidência da Câmara Municipal de Silves.

Esta votação da CDU traduz de forma expressiva não só uma exigência de mudança na política autárquica regional e uma clara condenação à política de direita deste e de outros governos, mas também, um reconhecimento da combativa e persistente intervenção política do PCP na região, e do projecto autárquico da CDU, baseado no trabalho, na honestidade e competência que o caracterizam.

2- A contundente derrota obtida pelos partidos que suportam o governo – PSD e CDS - nestas eleições, com a perda de várias maiorias em Câmaras Municipais, assim como, a perda de mais de 20 mil votos da parte do PS (apesar de face aos resultados do PSD ter aumentado o número de câmaras municipais) traduz, para além de uma expressiva condenação por parte da população à política do Governo de Passos Coelho e Paulo Portas uma clara redução da base social de apoio aos partidos da política de direita (incluíndo o PS) que nos últimos dois anos entregaram o país aos braços da troika.

3- Face a estes resultados que envolvem uma ainda maior responsabilidade do PCP e dos eleitos da CDU perante as populações, a DORAL do PCP saúda todos os militantes do PCP, assim como as centenas de candidatos da CDU (muitos deles independentes) pela intensa intervenção desenvolvida ao longo dos últimos meses, em múltiplas tarefas, incluíndo a campanha eleitoral.

Conscientes que estes resultados deram mais força à justa aspiração de uma ruptura com o rumo de desastre nacional que está em curso, o PCP reafirma uma vez mais o seu compromisso para com os trabalhadores e as populações do Algarve em defesa da melhoria das suas condições de vida, do poder local democrático, do emprego com direitos, dos salários e das pensões, do aparelho produtivo, dos direitos dos trabalhadores, dos serviços públicos, da justiça social, do desenvolvimento da região, dos ideais de Abril.

Uma intervenção que irá prosseguir e intensificar-se nos próximos tempos, designadamente por via do desenvolvimento da luta pela derrota deste governo e desta política e que terá no próximo dia 19 de Outubro, na “Marcha por Abril, contra a exploração e o empobrecimento” que a CGTP-IN marcou para a ponte 25 de Abril, um momento de grande vigor, na qual os comunistas se empenharam para uma grande mobilização a partir do Algarve.

O Secretariado da DORAL do PCP

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

LISTA DOS CANDIDATOS CDU Á FREGUESIA DA LUZ



A CDU dá a conhecer a lista ordenada dos seus candidatos efetivos e suplentes.



ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS 2013

LISTA ORDENADA DOS CANDIDATOS

À ASSEMBLEIA DE FREGUESIA

DA LUZ

        

         Candidatos Efetivos:

1.     Maria Antónia da Conceição Marreiros Candeias
                                  
                  
Biografia

Candidata a presidente da Junta de Freguesia da Luz
Nascida em Monchique em 1945
Reside em Lagos desde 1960
Tem o Curso Geral de Administração e Comércio da Escola Gil Eanes em Lagos
Profissão de comerciante durante 13 anos na Vila da Luz
Foi eleita na Assembleia Municipal de Lagos nos mandatos de 1983 a 1986 e de 1986 a 1989
Foi eleita na Assembleia de Freguesia de S.Sebastião, em Lagos, no mandato de 1998 a 2001
É membro do Conselho Nacional do Movimento Democrático de Mulheres MDM desde 1982


2.     Catarina Canelas Rocha Soares Nobre
3.     Pedro Manuel do Rosário Lopes e Agostinho
4.     Mónica Isabel Ferreira Duarte Gonçalves Figueiras
5.     Mariana Rosa Serafim Baião Ferreira Gonçalves
6.     José Custódio de Sousa
7.     Maria José de Jesus Vitória Marques
8.     Vera Lúcia da Silva Gonçalves
9.     José Joaquim da Silva Firmino



Candidatos Suplentes:


1.     Celina Maria da Ponte Gonçalves
2.     Sandra Margarida Teresinha Vaz
3.     Nuno Carlos da Glória Marreiros
4.     Maria Isabel dos Ramos Ferreira Gonçalves


sexta-feira, 13 de setembro de 2013

CANDIDATOS CDU Á UNIÃO DAS FREGUESIAS BENSAFRIM/BARÃO DE SÃO JOÃO



A CDU dá a conhecer a lista ordenada 
dos seus candidatos efetivos e suplentes.
                                     

ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS 2013

LISTA ORDENADA DOS CANDIDATOS

À ASSEMBLEIA DE FREGUESIA

DE

UNIÃO DAS FREGUESIAS DE BENSAFRIM

E BARÃO S. JOÃO

                                                

1.     António José Rosendo Jerónimo - Licenciado em Direito
Alguns Dados Biográficos
              
                                                                                                                                                                
                        Nasceu em Olhão a 16 de Março de 1959
                        Reside em Bensafrim
                        Aposentado da Câmara Municipal de Faro
                        Licenciado em Direito
Pós Graduado em Administração Autárquica e Desenvolvimento Regional
Doutorando em Ordenamento do Território e Desenvolvimento Sustentável na Universidade da Extremadura em Cáceres      

                        Exerceu funções na Câmara Municipal de Faro:
·         Coordenador de animação cultural e audiovisuais;
·         Responsável pela programação e organização de eventos, tais como, feiras do livro, festas de verão, encontros de poesia, comemorações do dia da criança, feiras de artesanato e de gastronomia, seminários, representações teatrais, encontros de charolas, exposições de artes plásticas, espetáculos musicais, etc.;
·         Co-fundador do projeto de animação á terceira idade autárquico (PATIA) projeto criado em parceria, com a Câmara Municipal de Faro e as Juntas de Freguesia do concelho;
·         Jurista na Câmara Municipal de Faro.

        
Candidatos Efetivos:

1.     António José Rosendo Jerónimo -  Licenciado em Direito
2.     Carla Sofia Martins Vicente – Consultora Imobiliária
3.     José Duarte - Empresário
4.     Paulo Francisco Furtado Venturinha -Estudante
5.     Maria da Piedade Rosado Costa – Assistente Operacional
6.     José Duarte da Costa – Marinheiro Aposentado
7.     Maria João Nunes Alcobia - Bailarina
8.     Vivaldo Gloria da Silva - Agricultor
9.    Celso Jorge Pereira da luz Alves Costa – Empregado de Mesa







Candidatos Suplentes:


1.     Júlia Luísa Joaquim Correia Doméstiva
2.     Jorge Alexandre Louro Vieira Pereira – Artista Plástico
3.     José Artur Evangelista Correia - Agricultor
4.     Erika Charlotte Scholz - Doméstica
5.     Pedro Francisco Venturinha Furtado - Estudante
6.     Jorge Vicente dos Santos Marques - Pedreiro



terça-feira, 3 de setembro de 2013

FESTA DO AVANTE! 2013

Festa do Avante!
                    
Não há festa como esta
                          
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terça-feira, 27 de agosto de 2013

COMÍCIO CDU EM FARO


Comício em Faro 
              
Largo do Mercado 
              
30 de Agosto - 21:30 horas
            
com Jerónimo de Sousa    
há autocarro de Lagos
saída da rotunda das cadeiras ás 19:00

sábado, 24 de agosto de 2013

LISTA CDU PARA A ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LAGOS



LISTA CDU PARA A ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LAGOS
                        


           A CDU dá a conhecer a lista ordenada dos seus candidatos efetivos e suplentes.                       


Candidato á Assembleia Municipal de Lagos
                      

                            
                  José Manuel da Glória Freire de Oliveira
                  
                     Nasceu em Lagos a 1 de Setembro de 1949
                   Cidade onde sempre tem residido
                   Funcionário Administrativo no Centro de Emprego de Lagos do IEFP – aposentado desde de 2012
                   Atualmente membro da Assembleia Municipal de Lagos
                   Membro da Comissão Permanente e de diversas Comissões Especializadas
                     da Assembleia Municipal de Lagos
                   Membro do Conselho Municipal da Juventude
                   Membro da Comissão Concelhia de Lagos do PCP
                   Membro da Direcção de Organização Regional do Algarve do PCP

LISTA ORDENADA DOS CANDIDATOS CDU Á ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LAGOS
            Candidatos Efetivos:

  1.     José Manuel da Glória Freire de Oliveira – Técnico Administrativo
  2.     Celso Jorge Pereira da Luz Alves Costa – Empregado de Mesa
  3.     Ana Paula Pereira Viana – Técnica Superior do IEFP
  4.    Maria Brites Quintino da Silva Nunes Dias Alcobia – Assistente Técnica
  5.     Alexandre Afonso Marques Ribeiro Nunes - Professor
  6.     Célia Maria Lopes Pereira  - Professora
  7.     Gilberto Eliseu Travessas da Silva – Técnico de Metalomecânica
  8.     Edite Isabel Marreiros Candeias - Empresária
  9.     Ana Isabel Marques Borralho Galante – Artista Plástica e Encenadora
  10. Alexandre Miguel Alves Chito Pereira  - Supervisor Operacional
  11.  Emília de Magalhães Alves Pinheiro - Médica
  12.  Maria Margarida Sobral Correia Teresinha - Enfermeira
   13  Joaquim Fernando Malveiro – Oficial da Marinha Reformado
   14.    Ângela Veloso Reis - Arquiteta
   15.  José António da Silva – Reformado da Marinha
   16.  Maria Mécia Rodrigues Machado – Empregada Comercial
   17.   António dos Reis Pinheiro - Comerciante
  18.  Hélio Manuel Nunes Viegas - Comerciante
   19.  Maria Teresa dos Reis da Glória Correia - Cabeleireira
   20.  Maria Inácia da Gloria Gambôa Leal – Assistente Técnica
   21.   José Paulo Velho Geraldo de Albuquerque Veloso - Arquiteto         



Candidatos Suplentes:


  1.     José Júlio de Azevedo Valarinho – Oficial do Exército Reformado
  2.     Ana Cristina dos Santos Gomes - Estudante
  3.     José Manuel da Silva - Jardineiro
  4.     Alexandre Manuel Diniz Leal Moisão - Estudante
  5.     Ana Paula da Silva Louzeiro Dias  - Empregada Comercial
  6.     Alfredo Ramos Varela – Empregado Comercial
  7.     Marina Andreia Luísa de Sousa Colaço Valarinho  - Professora
  8.     António Francisco da Costa Pacheco - Eletricista
  9.     Francisco José da Conceição Dias da Silva  - Vendedor
  10.  Maria Francisca dos Reis Vieira –Assistente Operacional
  11.  José Manuel Duarte Tiago  - Empregado de Mesa
  12. Hirondina Ana dos Santos – Empregada de Quartos

 
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