Aux
armes,, citoyens ! ! !
apelo para a defesa de Paris, na Revolução Francesa
ou “Irra, é
demais !”
Eça
de Queiroz, in “A cidade e as serras”
Não passa hoje, pela cabeça de ninguém,
chamar os cidadãos para se armarem, mas não haverá dúvidas em que se impõe,
fortemente, uma chamada de todos, não violentos, mas furiosos e indignados, por
conscientes dos perigos que se avolumam sobre os problemas que já estão suportando,
para a resistência activa ao assalto aos seus legítimos direitos de acesso aos
factores básicos de qualidade de vida.
É a defesa do País, a protecção do
interesse nacional, contra o negócio desta entrega a quem der mais, num mais
que vergonhoso leilão sem nenhum pudor, dos bens e serviços públicos nacionais de
que depende o bem estar nas famílias e no trabalho, hoje e no futuro. Um futuro
que, por este caminho do governo da aliança de direita PSD/CDS (este muito
caladinho, a deixar o odioso e o trabalho sujo para o sócio), e sem firmeza num
PS gaguejante ou colaborante por omissão, este futuro não será de um ano ou
dois, mas de muitos e muitíssimo difíceis anos para a população.
Só a coragem, decisão e vontade dos
cidadãos, mulheres e homens, jovens e idosos, na participação em iniciativas
colectivas consequentes, em manifestações de consciente cidadania, greves e
outras, afirmando-se pela serenidade e confiança na sua força, sem
abrandamentos, poderá fazer parar este desastre.
Temos que perceber bem o enorme
embuste, mistificações e mentiras, que estão a ser impingidas sem vergonha
através duma comunicação social, TV, imprensa e rádio, controladas, de joelhos
ou de cócoras, com todo o respeito pelas honrosas excepções, às ordens do Poder
financeiro, agrupado nos partidos de direita e suas metáteses, umbilicalmente
alimentado pelos seus gémeos siameses mandantes no estrangeiro.
A verdade é que as chamadas ajudas
financeiras são empréstimos de agiotas, que são para pagar dividas que cobravam
menos juros, que o mais sólido bolo é para ser engolido pelos bancos, que a
troika será muito competente lá na terra deles, mas cá há quem não precise de
lições, e que lhes poderá ensinar como resolver os nossos problemas. Só o
dinheiro roubado ao País, e posto nos paraísos fiscais estrangeiros, chegava
para pagar os empréstimos.
Quem, no governo e fora dele, aceita
os ditames dos da troika, se agacha às suas ordens, não é gente democrática e
patriótica, nem são loucos ou estúpidos. Não, pensam é como eles, têm os mesmos
objectivos, os lucros das empresas, suas, ou dos seus. Os trabalhadores, os que
vivem do seu trabalho, no comércio, nas pescas, na agricultura, nas oficinas,
só lhes interessam enquanto são fornecedores das mais valias que produzem e de
que eles se apropriam.
Já teriam ido mais longe no assalto
aos bens que são do povo, se não tivessem na frente o PCP sempre firmemente
aliado à luta dos que não aceitam ser escravos, e querem justas condições de
vida e de trabalho.
É demais !! Pelo País, à luta,
cidadãos ! ! !
José Veloso, Novembro. 2011
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