Política de direita transforma
Algarve
no campeão do desemprego
Os dados sobre o emprego hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, confirmamuma acelerada degradação dos valores do desemprego em todo o país, sendo que é noAlgarve que o número de trabalhadores desempregados atinge o seu máximo com um total de 17,5% do conjunto da população activa.
Um valor que ainda assim, fica aquém do número real de trabalhadores no desemprego.
Se aos17,5% divulgados se adicionar o chamado sub-emprego visível (trabalhadores em formação ou que efectuem uma hora de trabalho por semana) e os chamados inactivos disponíveis (todos os que por diversas circunstâncias já desistiram de procurar aquilo que não encontram – emprego) ficamos com um valor próximo dos 22,5%, ou seja, cerca de 50mil trabalhadores desempregados na região do Algarve.
O PCP relembra que por detrás destes números, encontramos uma realidade de catástrofe social que atira dezenas de milhar de algarvios para a pobreza, para a emigração, para situações de privação e fome que há muito deveriam ter sido erradicadas. São homens, mulheres e jovens que deveriam estar a produzir, a fazer a região e o país andar para a frente, e que se encontram atirados para o desemprego, que por sua vez alimenta o ciclo vicioso da exploração, dos baixos salários e da precariedade que enche os bolsos de alguns, mas arrasa a vida da maioria dos trabalhadores.
O PCP responsabiliza os sucessivos governos e os partidos que os sustentam, por esta
catástrofe social. A aplicação em curso do Pacto de Agressão que PS, PSD e CDS
assumiram com a União Europeia e o FMI, é em si, um factor de agravamento da destruição
de postos de trabalho, de empresas, de capacidade produtiva, de degradação do valor dos
salários e da exploração.
Tem ainda particular significado que seja precisamente num momento, em que o
desemprego atinge esta dimensão histórica que - por via do acordo que o governo celebrou
com o patronato e a UGT – se esteja a discutir a redução do valor e do tempo de duração do
subsídio de desemprego.
Ouviremos seguramente por parte de muitos dirigentes locais e regionais do PS, do PSD e do CDS, lamentarem este número. Mas não há volta a dar. Há medida que o tempo passa, os algarvios vão percebendo cada vez melhor a falácia dos que fazem um discurso na região, mas apoiam todas e cada uma das medidas de terrorismo económico e social como foi o caso da imposição de portagens na Via do Infante.
No seguimento da poderosa jornada de luta convocada pela CGTP-IN, que encheu o Terreiro do Paço no passado sábado, o PCP apela à intensificação da luta dos trabalhadores e do povo do Algarve pela rejeição desta política. É preciso aumentar salários e alargar o poder de compra. É urgente defender e dinamizar o aparelho produtivo e recusar a política de monoactividade do Turismo na região.
É necessário ir buscar dinheiro aonde ele estátributando a banca, a especulação e os grandes negócios.
É urgente dinamizar o investimento público e relançar a actividade económica.
É necessário recuperar o controlo público dos sectores estratégicos da economia.
Só outra política, patriótica e de esquerda, ao serviço dos trabalhadores, da região e do povo português, poderá garantir um Portugal com futuro.
O Secretariado da DORAL
(Direcção da Organização Regional do Algarve)
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