sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

ASSEMBLEIA MUNICIPAL 28 DEZEMBRO - MOÇÃO


MOÇÃO
                            
SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE
                              
 Esta proposta foi aprovada por maioria com os votos contra do PSD e do CDS
                                         

            Aprovado o Orçamento de Estado, o governo veio a público anunciar o aumento das taxas moderadoras nos centros de saúde e nos hospitais e isto sem contar com os custos de outros actos de diagnóstico que tenham de ser efectuados.
                                                                       
            O Governo diz que é preciso reduzir o recurso às urgências hospitalares, mas não garante as respostas adequadas ao nível dos cuidados de saúde primários, encerrando extensões de saúde e reduzindo o horário das valências nos centros de saúde, restando como única alternativa as urgências hospitalares.
            Não satisfeito, o governo degrada ainda mais as condições de vida dos portugueses com estes aumentos brutais – algumas mais que duplicam, por exemplo nas consultas nos centros de saúde ou nas urgências hospitalares, e quase que triplicam como no caso das consultas nos SAP.
            Introduz novas taxas para os cuidados de enfermagem e até cobram taxas de consultas em que os utentes estão ausentes. Existem meios complementares de diagnóstico e terapêutica que não estavam sujeitos a taxa moderadora e que agora passarão a estar.
            Tais medidas são parte de um plano mais vasto de destruição do Serviço Nacional de Saúde e nesse está incluído o objectivo de afastar as pessoas dos cuidados de saúde, comercializando a doença e dificultando as classes mais desfavorecidas no acesso à saúde pública, gratuita e de qualidade.
            Agravando o custo dos bens e serviços essenciais, cortando no rendimento, nos salários e pensões de trabalhadores e reformados, empurrando milhares de pessoas para o desemprego, liquidando e encerrando mais serviços de saúde, aumentando as taxas moderadoras, esta política da saúde de uns e da doença da maioria não pode colher quaisquer posições de apoio e consideração.
            Na sequência destas políticas puramente economicistas e injustas, muitos são já os centros de saúde e hospitais do nosso país a funcionar com um número insuficiente de trabalhadores, médicos e prestadores de cuidados. É bom lembrar-se que, só na nossa região, mais de 100 mil algarvios não têm médico de família.
            Neste sentido a Assembleia Municipal de Lagos, reunida a 28 de Dezembro de 2011, delibera:

1.    Rejeitar, por inaceitáveis, os aumentos previstos das taxas moderadoras.
2.    Protestar junto do Ministério da Saúde contra esta medida.
3.    Solidarizar-se com a população atingida.
4.     Mais delibera enviar esta moção  às seguintes entidades:


Assembleia da República
Grupos Parlamentares da Assembleia da República
1º Ministro
Membros do Governo com Tutela
Direcção Regional de Saúde
Órgãos de Comunicação Social.




Lagos, 28 de Dezembro de 2011


                                    O Eleito da CDU











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