quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

GRANDES OPÇÕES DO PLANO CM LAGOS 2012



  
A CDU E A ELABORAÇÃO  

 DAS GRANDES OPÇÕES DO PLANO E

 ORÇAMENTO MUNICIPAL DE LAGOS PARA 2012
                                                                                                                                                  
Começando por verificar que o comportamento da Câmara Municipal em relação às propostas e opiniões da CDU para as Grandes Opções do Plano e Orçamento Municipal para 2011 foi de completa desatenção para com as preocupações então manifestadas pela CDU de que aquele documento reflectisse processos democráticos e rigorosos no cumprimento da legislação, nomeadamente na gestão financeira, por parte da Câmara Municipal, e na participação da população na solução das questões do Município.

Isto não se verificou, desde a não execução do Orçamento Participativo, ao uso do sistema das empresas municipais ocuparem as funções dos serviços camarários,  para fugirem ao controle democrático da população e dos órgãos das autarquias, até a uma execução financeira que mereceu o demolidor parecer da empresa auditora relativo ao primeiro semestre de 2011,  e contribuiu decisivamente para o descalabro em que se encontra a situação do Município.

Visto isto, para 2012 a CDU exige que a Câmara Municipal corrija, na elaboração das Grandes Opções do Plano e Orçamento, estas deficiências e métodos, de modo a criar uma gestão transparente e de perfeita visibilidade e conhecimento da população.

Em relação às questões mais prementes, em termos de processo democrático para as decisões estratégicas, pois que é disso que, fundamentalmente, se trata, destaca-se:

1.   A execução do Orçamento Participativo.

2.   A urgente Revisão do PDM e conclusão dos PU de Odiáxere e da Luz, seguindo o método democrático de participação e atempada preparação da população para o conhecimento destes processos.


3.   A rápida correcção das deficiências já diagnosticadas, em sede de discussão publica, na Revisão do Plano de Urbanização de Lagos.


4.   A clara e pública definição de prioridades criteriosas e exequíveis, técnica e financeiramente, perante os problemas da Cidade e Freguesias.

5.   A extinção das empresas municipais, por tudo o que de negativo têm revelado, desde financeiramente até à usurpação ao controle democrático da Cidade, população e autarquias, e com regresso das suas funções aos serviços camarários competentes.


6.   A firme defesa e exigência junto dos órgãos centrais do governo, para execução das intervenções que lhe competem, com destaque para a instalação do novo hospital público de Lagos, com as valências e serviços indispensáveis para a população,  tanto do Município de Lagos como dos Municípios vizinhos das Terras do Infante.

7.   Da mesma maneira, insistir para classificação da Ria de Alvor, e instalação do seu Centro de Interpretação.


8.   Atribuir sempre a primazia aos reais interesses da população, sejam sociais, económicos, ou culturais, sobrepondo-os, sem hesitações, a quaisquer outros  e a quaisquer pressões, nomeadamente nas questões das actividades e instalações portuárias, da pesca e do turismo e lazer.

9.   A criação de condições de qualidade para resposta qualificada às exigências do turismo actual, que já não é somente sol, praia, golf e hotelaria de suporte, mas, dominantemente, exigindo a caracterização e afirmação identitária de Município, com base na história, tradições, hábitos e cultura, para anulação da sazonalidade, e consequente estabilidade da economia, trabalho e emprego local, reforçando a auto-estima dos munícipes.


10.    A criação, com meios eficazes de divulgação e acção, de apoios, por fornecimento de apoios técnicos e benefícios em taxas, licenças e outros, a todas as iniciativas da população e a todas as situações identificadas pelos serviços, para recuperação de edifícios e áreas degradadas do Munícipio, nomeadamente, e com prioridade urgente, intramuralhas e Meia Praia.

11.    Desenvolver o processo de reclassificação do Município de Lagos Livre de Organismos Geneticamente Modificados.


12.    Recuperar a Bienal de Artes, com o prémio Joaquim Bravo.

13.    Elaborar e divulgar publicamente, com rigor, um Plano de Contenção Financeira, sem afectar nem diminuir apoios à acção social, ao sector escolar, à limpeza e higiene urbana, assim como aos serviços de transportes “A ONDA”.  

14.    Repor a iluminação pública, ajustada ao nascer e ao pôr do sol, de modo a garantir, a segurança efectiva, e a repor o sentimento de segurança nas populações.

15.    Desenvolver o projecto estratégico Lagos Cultural, dando conteúdo aos lemas Lagos dos Descobrimentos, Lagos Cidade Marítima, Lagos Porta da Europa, através da transformação do Museu José Formosinho em Museu de Memória e Identidade, com pólo central e pólos museológicos, recuperando muralhas, baluartes, Forte da Ponta da Bandeira e Forte da Meia Praia, criando e divulgando junto da população e proporcionando ao turismo os percursos temáticos Lagos e a História, Lagos e a Cultura, Lagos e o Mar, Lagos e o Desporto.



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