1 DE OUTUBRO – DIA DE LUTA
Por Rui Fernandes
Responsável da DORAL / PCP
Falar de
luta nos tempos que correm é considerado por muitos uma heresia. Esses mesmos,
dizem que aquilo que é preciso é trabalhar. Sempre se poderia responder que uma
e outra coisa não são incompatíveis. Mais, são mesmo parte constitutiva da vida
dos trabalhadores e dos povos. Mas no caso da presente situação que se vive,
lutar é mais do que uma necessidade, é mesmo uma obrigação. Uma obrigação em
nome da dignidade. Uma obrigação em nome da verdade.
Em nome da verdade porquê? Porque se é lamentável que esse tal pacto com a troika tivesse sido firmado, colocando o nosso país numa condição de protectorado, mais lamentável e vergonhoso é que se alimentem equívocos sobre a sua natureza e os seus resultados, e se faça dele o chapéu que justifica todos os desmandos contra os direitos.
O documento apresentado pelo governo (ministro Vítor Gaspar) sobre a estratégia orçamental 2011/2015 diz que a divida vai passar de 92,9% do PIB em 2010 para 106,8% em 2015, e que o PIB cairá para valores de 2004. Portanto, se alguém distraído pensa coisa diferente é bom que se concentre e deixe as ilusões no armário. Aquilo que está a ser feito é um plano de salvação da banca, do capital financeiro e dos seus esquemas, e não do país. Como há muito dissemos, uma parte substancial do dinheiro que é injectado em Portugal vai directo para a banca, e o estafado argumento, com que pretendem iludir os portugueses, de que isso é preciso para dinamizar a economia, é desmentido pela redução dos empréstimos concedidos, pelos juros altíssimos pedidos que tornam impraticável o acesso aos mesmos, pelos milhares de falências e insolvências que estão a ocorrer.
Participar na jornada de luta do próximo dia 1 de Outubro, convocada pela CGTP-IN, é um acto de dignidade. Dignidade em defesa de direitos básicos. Como se pode aceitar o corte nos abonos de família? O corte em questões básicas na saúde, inclusive no transporte de doentes? O corte no direito ao subsídio de desemprego? A facilitação de despedimentos num país e numa região com um tão alto nível de desemprego? O aumento brutal da electricidade e do IVA com o impacto que vai ter nos produtos básicos?
Como aceitar e compreender a privatização de empresas que, além do seu papel estratégico, dão lucros de milhões? Milhões que depois irão para os bolsos privados. Como aceitar o processo em curso de privatização da água? Como aceitar que crianças com necessidades educativas especiais vejam apoios cortados?
Isto não são medidas para combater a denominada crise. Isto são medidas que aproveitam o chapéu da crise para subverter e destruir conquistas fundamentais dos trabalhadores e do povo português. A não ser interrompido tal rumo, ficaremos com um país mais pobre, com mais desigualdades, mais miséria, desemprego e divida por pagar.
Em nome da verdade porquê? Porque se é lamentável que esse tal pacto com a troika tivesse sido firmado, colocando o nosso país numa condição de protectorado, mais lamentável e vergonhoso é que se alimentem equívocos sobre a sua natureza e os seus resultados, e se faça dele o chapéu que justifica todos os desmandos contra os direitos.
O documento apresentado pelo governo (ministro Vítor Gaspar) sobre a estratégia orçamental 2011/2015 diz que a divida vai passar de 92,9% do PIB em 2010 para 106,8% em 2015, e que o PIB cairá para valores de 2004. Portanto, se alguém distraído pensa coisa diferente é bom que se concentre e deixe as ilusões no armário. Aquilo que está a ser feito é um plano de salvação da banca, do capital financeiro e dos seus esquemas, e não do país. Como há muito dissemos, uma parte substancial do dinheiro que é injectado em Portugal vai directo para a banca, e o estafado argumento, com que pretendem iludir os portugueses, de que isso é preciso para dinamizar a economia, é desmentido pela redução dos empréstimos concedidos, pelos juros altíssimos pedidos que tornam impraticável o acesso aos mesmos, pelos milhares de falências e insolvências que estão a ocorrer.
Participar na jornada de luta do próximo dia 1 de Outubro, convocada pela CGTP-IN, é um acto de dignidade. Dignidade em defesa de direitos básicos. Como se pode aceitar o corte nos abonos de família? O corte em questões básicas na saúde, inclusive no transporte de doentes? O corte no direito ao subsídio de desemprego? A facilitação de despedimentos num país e numa região com um tão alto nível de desemprego? O aumento brutal da electricidade e do IVA com o impacto que vai ter nos produtos básicos?
Como aceitar e compreender a privatização de empresas que, além do seu papel estratégico, dão lucros de milhões? Milhões que depois irão para os bolsos privados. Como aceitar o processo em curso de privatização da água? Como aceitar que crianças com necessidades educativas especiais vejam apoios cortados?
Isto não são medidas para combater a denominada crise. Isto são medidas que aproveitam o chapéu da crise para subverter e destruir conquistas fundamentais dos trabalhadores e do povo português. A não ser interrompido tal rumo, ficaremos com um país mais pobre, com mais desigualdades, mais miséria, desemprego e divida por pagar.
Artigo de opinião publicado em:http://www.regiao-sul.pt/noticia.php?refnoticia=120124
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