Porquê este blogue?

Num tempo muito inquietante, marcado por uma forte ofensiva ideológica, com a qual os média dominantes fazem chegar todos os dias a milhões de pessoas a desinformação organizada com o objectivo de servir e defender os interesses do grande capital, a leitura e divulgação de informação progressista e revolucionária é crucial para todos os que assumem como referência maior os valores e ideais de ABRIL!

A LUTA CONTINUA!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Intervenção da CDU no Aniversário do 25 de Abril

Intervenção da CDU
na Sessão Solene Comemorativa
do 37º Aniversário do 25 de Abril 

                                                                                                                                                                         
Ex.mo Senhor Presidente da Assembleia Municipal          
Ex.mo Senhor Presidente da Câmara Municipal
Demais Autarcas
Ex.mo representante da Associação 25 de Abril
Eleitos da Assembleia da Juventude
Exmos. Senhores Dirigentes das Associações, Clubes e Colectividades
Minhas senhoras e meus senhores

37 anos passam sobre a Revolução de 25 de Abril. Os valores e as conquistas de Abril estão a ser, nos tempos que correm, sujeitas a um particular e violento ataque. Ataque aos direitos dos trabalhadores, às conquistas sociais e à própria independência e soberania nacionais. Grassam o desemprego e as desigualdades.
Destroem-se os apoios sociais, as reformas e as pensões, o abono de família. Desregulam-se os direitos dos trabalhadores. Impõem-se mais e mais sacrifícios a quem vive do seu trabalho e deixam-se intocáveis as grandes fortunas. Descredibilizam a justiça e aumentam os sentimentos de insegurança.
Assistimos de novo à partida de militares portugueses para combater em guerras que, sendo diferentes, mantém a sua natureza injusta.
Pretendem alguns atirar a responsabilidade para o 25 de Abril, mas a culpa não é de Abril.
A responsabilidade é dos que ao longo dos anos não têm respeitado os valores e os princípios consagrados na Constituição da República. A responsabilidade é dos que têm fugido de ouvir o povo português sobre as matérias ligadas com a União Europeia.
A responsabilidade é dos que têm destruído o aparelho produtivo nacional - as pescas, a agricultura e a indústria. A responsabilidade é dos que permitem que os bancos façam todas as negociatas, enquanto quem vive do seu trabalho é votado à condição de ter de pagar esses desmandos. Enfim, a responsabilidade é dos sucessivos Governos, PS e PSD ou PSD e PS, um circuito fechado na execução de uma mesma política antipatriótica, antinacional e antidemocrática porque não serve a maioria do povo.

DIREITOS QUE SÃO NOSSOS !

Comemorar Abril não é, como alguns pretendem convencer-nos, comemorar um passado. Comemorar Abril é olhar para o futuro. É pegar na esperança que Abril abriu e transformá-la em acção presente.
É exercer e exigir o cumprimento dos direitos que são nossos – o direito ao trabalho; o direito ao apoio social; o direito à saúde; o direito a uma justiça célere; o direito à reforma e a uma velhice vivida com dignidade; o direito à escola e a um ensino que abra horizontes de futuro à juventude.
Muitas gerações de portugueses lutaram para que a liberdade e a democracia fosse instaurada em Portugal.
Muitos foram presos e torturados. Alguns foram mortos. Mas crescem hoje as vozes dos que, perante os graves problemas com que o país se confronta, dizem que as eleições são um problema. Quando foi da aprovação do denominado Tratado de Lisboa, ouvimos o PS, o PSD e o CDS-PP dizerem que, dar a palavra ao povo, era um problema. Agora, perante a situação existente no país, de novo se ouvem várias vozes dizer que dar a palavra ao povo é um problema. Alguns outros, pensando o mesmo, limitam-se a dizer que é preciso um governo do PS, PSD e CDS-PP. Ou seja, um governo que manteria os responsáveis da situação.

Dar a volta a isto

Dar a volta a isto, está nas mãos dos trabalhadores, dos reformados, dos jovens. Está nas mãos do micro e pequenos empresários, cada vez mais a braços com graves problemas. Está nas mãos das mulheres, a camada mais atingida pelo desemprego e sujeita a menor salário.
Portugal não tem de estar sujeito sucessivamente ao mais do mesmo.
É tempo de mudar!


Há outro caminho o para Portugal e para o Algarve

Portugal e o Algarve têm futuro aproveitando as suas riquezas. Cultivando os campos e apoiando os produtores. Aproveitando as riquezas marítimas, apoiando a pesca e os pescadores. Portugal tem futuro apoiando quem trabalha, quem gera riqueza.
Portugal tem futuro aproveitando os saberes de novos e velhos e pondo-os ao serviço do desenvolvimento.

Para essa mudança é preciso mudar os protagonistas do costume.
É preciso um Governo Patriótico e de Esquerda.

Portugal e o Algarve têm futuro desenvolvendo a indústria, nomeadamente em áreas onde ainda subsiste o saber – construção e reparação naval, conservas, etc., mas também em novas áreas ligadas às energias alternativas, reabilitação urbana e outras.

Este é o momento.

Este é o tempo.

COM ABRIL.
PARA CUMPRIR ABRIL.
POR UM PORTUGAL COM FUTURO.

25 de Abril SEMPRE!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Lista da CDU - Distrito de Faro Legislativas 2011

Lista da CDU - Distrito de Faro  
Legislativas 2011


                                                                                                                                                                     
Efectivos:
1)      Paulo Miguel Seara de Sá
Professor Universitário na UAlg. 45 anos. Membro da comissão concelhia de Faro do PCP e da DORAL. Eleito na Assembleia Municipal de Faro. Cabeça de lista às eleições legislativas 2009. Mandatário da candidatura de Francisco Lopes à Presidência da República.

2)      Vera Lúcia Gonçalves Dourado
Engª Ambiente. Técnica de Ambulância de Emergência. 30 anos. Membro da comissão concelhia de Loulé do PCP.

3)      Ana Catarina Fernandes Boto
Tradutora/Interprete. 27 anos. Membro da comissão concelhia de Lagoa do PCP e da DORAL. Eleita na Assembleia Municipal de Lagoa. 

4)      Ângelo Miguel Barão
Empresário. 39 anos. Membro da comissão concelhia de Vila Real de Santo António e da DORAL.

5)      Carina Infante do Carmo
Professora Universitária na UAlg. 40 anos. Membro da comissão concelhia de Faro do PCP e da DORAL. Dirigente do SPZS.

6)      Sílvia Soraia Marques
Engenheira BioFisica. 29 anos. Membro do Partido Ecologista “Os Verdes” – PEV. Fundadora da Comissão de Defesa do Ambiente e Património de Albufeira.

7)       António filipe Parra Martins
     Empresário. 32 anos.  Membro do organismo do baixo guadiana e da DORAL. Dirigente da Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura e Recreiro. Dirigente da associação de Músicos em Faro.

8)      Nelson Manuel Conceição Freitas
Técnico de Instalações Eléctricas. 57 anos. Membro da comissão concelhia de        Portimão do PCP e da DORAL. Dirigente do SIESI e da USAL.

9)      Leonor Barão Afonso Agulhas
Escriturária. 61 anos. Membro da comissão concelhia de Faro do PCP e da DORAL. Dirigente Nacional do Movimento Democrático de Mulheres – MDM.

Suplentes:                                                         
1)      João Carlos Rodrigues Correia
Carteiro. 40 anos. Membro da comissão concelhia de Silves do PCP e da DORAL. Presidente da Junta de Freguesia de S. B. Messines. Dirigente do SNTCP.
2)      Hélio José Vieira Encarnação.
Trabalhador da Administração Local. 53 anos. Membro da comissão concelhia de Olhão do PCP e da DORAL. Dirigente do STAL e da USAL.
3)      Maria José Jesus Fernandes Madeira
Empregada de comércio. 37 anos. Membro da comissão concelhia de Castro Marim do PCP. Dirigente do CESP e da USAL.


4)      Celso Jorge Pereira Luz Alves Costa.
Empregado de Mesa. 34 anos. Membro da comissão concelhia de Lagos do PCP e da DORAL. Eleito na Assembleia Municipal de Lagos.
5)      Celso César Batista
Pescador. 58 anos. Membro da comissão concelhia de Aljezur do PCP. Dirigente do Sindicato das Pescas do Sul. Dirigente da Associação de Pescadores do Portinho da Arrifana – Costa Vicentina.  

segunda-feira, 18 de abril de 2011

APRESENTAÇÃO DO TOMO III DAS OBRAS ESCOLHIDAS DE ÁLVARO CUNHAL


Apresentação em Lagos do Tomo III
das Obras Escolhidas de Álvaro Cunhal 
- E Apresentação do Blog da Comissão Concelhia do PCP 





                                                                                                                                                       

- No passado Sábado dia 16 decorreu na Biblioteca Municipal de Lagos uma Sessão de apresentação do Tomo III das Obras Escolhidas de Álvaro Cunhal.                                                                                      
Esta Sessão Debate promovida pela Comissão Concelhia de Lagos do PCP contou, como conferencista, com a presença de Francisco Melo, Director das Edições Avante.
Abrangendo um período de menos de dois anos, publicam-se neste Tomo III das Obras Escolhidas de Álvaro Cunhal três textos fundamentais para a compreensão do processo revolucionário que levaria ao derrube da ditadura fascista: Rumo à Vitória, de Abril de 1964; Relatório da Actividade do Comité Central ao VI Congresso do Partido Comunista Português, de Setembro de 1965., e Contribuição para o Estudo da Questão Agrária, de Fevereiro de 1966.

Integram ainda o presente tomo entrevistas, artigos e outros textos em que, nomeadamente, se documenta a actividade e a intervenção do Partido no movimento comunista internacional, se dá a conhecer a luta conduzida pelos comunistas e democratas do nosso País, e se explica e afirma a especificidade do processo revolucionário em Portugal. Destes textos são de destacar os relativos à colaboração de Álvaro Cunhal na imprensa dos partidos comunistas irmãos, atestando a solidariedade e o prestígio de que o Partido Comunista Português e Álvaro Cunhal gozavam.

Após a apresentação do livro seguiu-se um debate sobre o mesmo.

Posterior ao  debate, foi apresentado publicamente o blog da Comissão Concelhia do PCP/lagos: ABRILAGOS. Blog este que será mais uma ferramenta de informação e de divulgação ao dispor da Comissão Concelhia, e de todos os militantes e amigos do PCP em Lagos.

Renegociar a dívida pública - Desenvolver a produção nacional

 Conferência de Impressa, Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP, Sede nacional do PCP, em  Lisboa
- Renegociar a dívida pública - Desenvolver a produção nacional


- Terça 5 de Abril de 2011
 
- Como há muito o PCP vem denunciando o endividamento externo líquido do país é uma das consequências mais visíveis da política de desastre nacional que PS, PSD e CDS impuseram nos últimos 35 anos. Uma dívida, pública e privada, em que a dívida privada é maior que a dívida pública, que assume hoje a colossal dimensão de mais de 107% do PIB e que é inseparável de um processo de desindustrialização, do abandono da produção nacional, das privatizações, da submissão às imposições da EU e ao grande capital nacional e estrangeiro.
Uma dívida que resultou, não de um povo “a viver acima das suas possibilidades”, mas de um processo de aprofundamento da dependência externa e de subordinação aos grupos económicos e financeiros.
Com o endividamento do país ganharam aqueles que nos impuseram a liquidação do aparelho produtivo – como a França e a Alemanha – e a quem passámos a comprar aquilo que o país deixou entretanto de produzir.
Com o endividamento do país ganharam e ganham os bancos da Alemanha, da Inglaterra, da Espanha, da Holanda, da França e também de Portugal, que de forma escandalosa se financiam junto do BCE a taxas de juro de cerca de 1%, para depois adquirirem dívida pública cobrando 6%, 7% e até 8% ao estado português, numa ilegítima usurpação de recursos nacionais.
Com o endividamento do país ganharam os banqueiros, a quem o Estado limpou prejuízos (como no BPP e no BPN) e adiantou garantias, transformando dívida privada em dívida pública, distribuindo depois os respectivos sacrifícios pelos trabalhadores e o povo.
Como consequência desse endividamento, da cumplicidade e papel da União Europeia e do quadro decorrente da natureza e funcionamento do capitalismo, Portugal encontra-se hoje confrontado com um insuportável e ilegítimo processo de extorsão dos seus recursos nacionais por via do agravamento dos juros sobre a dívida pública portuguesa.
Com a escalada no valor das taxas de juro sobre a dívida pública portuguesa – designadamente a 5 e a 10 anos – a ultrapassarem já os 10%, e o serviço da dívida a ultrapassar em 2010 os 5.200 milhões de euros, sendo que a perspectiva para este ano de 2011 é de mais de 7.100 milhões de euros, o processo de financiamento do Estado português e da economia nacional encontra-se numa insustentável espiral de agravamento.
Este é um processo que decorre com a cumplicidade e o papel activo da União Europeia que, apostada na salvaguarda dos interesses do capital financeiro e das grandes potencias (em particular da Alemanha) é conivente com esta onda especulativa, quando teria condições – mesmo no actual contexto político e institucional – para lhe pôr fim. Em vez disso, a UE assume as concepções e políticas do FMI, chamando-se assim, ou chamando-se Fundo Europeu de Estabilização Financeira, com consequências devastadoras para vários países – como a Grécia e a Irlanda – onde os resultados ficaram à vista com a subida das taxas de juro, o aprofundamento da recessão económica, o agravamento do desemprego e das injustiças sociais.
Ao contrário do que foi sendo dito, as chamadas medidas de austeridade impostas por PS e PSD em sucessivos PEC's e no último Orçamento do Estado, longe de conterem o roubo em curso ou de acalmarem os “mercados”, são em si mesmas – designadamente pelo efeito recessivo que produzem – um factor de agravamento das taxas de juro cobradas, e do processo de chantagem e extorsão com que o grande capital está a confrontar o país. Hoje é o défice, amanhã é a recessão: a espiral especulativa nunca parará enquanto o chantageado ceder ao chantagista
A indispensável rejeição pela Assembleia da República do chamado PEC 4 em Portugal – que corresponderia a mais um salto qualitativo contra os direitos dos trabalhadores e do povo português - não anulou os impactos negativos das chamadas medidas de austeridades assumidas nos últimos meses pelo PS, PSD e CDS. Mas também não tornou necessário, como alguns procuram fazer crer, o recurso à ingerência externa no nosso país, designadamente ao FMI.
À medida que aumenta a pressão - externa e interna - para a entrada do FMI em Portugal, mais claro fica que aquilo que o grande capital pretende é perpetuar a agenda da “austeridade”, agravar a exploração e a dependência externa, comprometendo as próximas décadas do nosso país em função dos seus próprios lucros e interesses.
Isso mesmo foi confirmado hoje pela posição assumida pela banca nacional, que depois de beneficiar de apoios e financiamentos do Estado a fundo perdido, de especular com a dívida pública, de fugir ao pagamento de impostos, veio publicamente recusar empréstimos ao Estado português e exigir o recurso ao FMI, para prosseguir com a especulação financeira que lhe enche os bolsos. Esta é uma declaração inaceitável. O país não precisa dos “favores” da banca privada, o que país precisa é de um forte sector financeiro nas mãos do Estado, com papel determinante da Caixa Geral de Depósitos, única forma de defender o interesse e a soberania nacionais.
Portugal não pode assim, aceitar que sejam aqueles que mais beneficiaram do processo de endividamento do nosso país – grande capital nacional e estrangeiro - a querer ditar o modo e as condições nas quais o nosso país deveria continuar a ser saqueado.
O PCP considera que a resposta não pode ser outra senão a da firme recusa deste rumo de “austeridade” seja por via do PEC, seja por via do FMI. A resposta não pode ser outra senão afirmação clara de que Portugal não pode continuar a pagar juros agiotas e a ser vítima dos especuladores, dos agora chamados mercados.
Face à situação insustentável que está criada e aos seus possíveis desenvolvimentos nos próximos tempos, o PCP considera que o Estado português deverá assumir, em ruptura com a actual política, as seguintes posições:
A renegociação imediata da actual dívida pública portuguesa – com a reavaliação dos prazos, das taxas de juro e dos montantes a pagar – no sentido de aliviar o Estado do peso e do esforço do actual serviço da dívida, canalizando recursos para a promoção do investimento produtivo, a criação de emprego e outras necessidades do país.
A intervenção junto de outros países que enfrentam problemas similares da dívida pública – Grécia, Irlanda, Espanha, Itália, Bélgica, etc – visando uma acção convergente para barrar a actual espiral especulativa, a par da revisão dos estatutos e objectivos do BCE e da adopção de medidas que visem o crescimento económico, a criação de emprego e a melhoria dos salários.
A adopção de uma política virada para o crescimento económico onde a defesa e promoção da produção nacional assuma um papel central – produzir cada vez mais para dever cada vez menos. Com medidas imediatas que visem o reforço do investimento público, a aposta na produção de bens transaccionáveis e por um quadro excepcional de controlo da entrada de mercadorias em Portugal, visando a substituição de importações.
A diversificação das fontes de financiamento, retomando uma política activa de emissão de Certificados de Aforro e de Tesouro e de outros instrumentos vocacionados para a captação de poupança nacional, bem como o desenvolvimento de relações bilaterais encontrando formas mais vantajosas de financiamento. Uma política de diversificação também das relações comerciais, mutuamente vantajosas, com outros países designadamente de África, Ásia e América Latina.
A avaliação do conjunto de situações que envolvem as chamadas Parcerias Publico Privadas, visando, de acordo com o apuramento, a renegociação ou cessação de contractos que se mostrem ruinosos para o Estado.
Os trabalhadores e o povo português não podem continuar a alimentar os super lucros da banca com juros obscenos, nem a salvar os accionistas de bancos falidos como aconteceu com o BPN e o BPP. Os trabalhadores e o povo português não podem continuar a suportar sacrifícios para encher os bolsos dos especuladores e da banca, ao mesmo tempo que o país se afunda na recessão económica, o desemprego alastra e o custo de vida aumenta.
Para o PCP não há outra atitude patriótica e defesa do interesse nacional que não seja a da recusa clara de manter o país sujeito ao saque e à especulação e isso exige que se considerem as medidas que aqui propomos. Esta é a opção indispensável e urgente, inserida na política e no governo patriótico e de esquerda que o PCP propõe ao país.


Projecto de Resolução contra o PEC 4

Projecto de resolução Nº 472/XI-2ª
- Rejeita o Plano de estabilidade e Crescimento até 2013 apresentado pelo Governo e propõe uma política alternativa de desenvolvimento económico e social 


- Terça 22 de Março de 2011

 
- Quando em 1997 foi adoptado o Pacto de Estabilidade e Crescimento, no contexto da instituição da União Económica e Monetária, o PCP assumiu desde logo uma posição fortemente crítica, tendo em conta que se tratava de um instrumento assente numa opção exclusiva da defesa da estabilidade dos preços - em especial através de uma política de contenção dos salários - e na imposição de uma política orçamental caracterizada pela imposição de um limite máximo fixo para o défice (cujo valor aliás nunca foi fundamentado) que, sendo igual para todos os Estados, ignorava as características de cada economia e as necessidades sociais e de desenvolvimento de cada povo.
O decurso dos anos veio a provar que o Pacto, bem como os sucessivos Programas de Estabilidade e Crescimento que concretizaram a sua aplicação, não só foi altamente prejudicial a economias como a portuguesa, como se traduziu num instrumento de avanço das privatizações, de transferência crescente de recursos públicos para o sector privado e em geral de avanço de políticas de direita, incluindo no plano dos direitos dos trabalhadores e dos direitos sociais.
Sendo evidente a necessidade de considerar o equilíbrio das contas públicas como um elemento necessário ao nível da política orçamental, isso não pode traduzir-se na subordinação das necessidades económicas e sociais do país a critérios artificiais de défice. O equilíbrio das contas públicas atinge-se sim, pelo aumento de recursos decorrente do crescimento económico, que se traduza em criação de riqueza e diminuição do desemprego.
Ao longo dos anos os vários PEC tiveram no fundamental o apoio de PS, PSD e CDS, descontadas as votações divergentes meramente tácticas e sem pôr nunca em causa o apoio político aos sucessivos documentos. Houve mesmo vários momentos de subscrição ou votação conjunta de resoluções de apoio. No fundamental, tal como agora acontece, não há diferenças fundamentais entre PS, PSD e CDS no apoio a estas medidas.
É essa mesma orientação política que preside à revisão do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) até 2013 agora apresentado pelo Governo PS.
A revisão do PEC agora apresentada, nada tem de estabilidade e crescimento para o nosso país. Antes se trata de um instrumento cujas medidas, se aplicadas, agravariam ainda mais a dramática situação económica e social em que o país se encontra, aumentando a sua dependência, o seu atraso e as desigualdades sociais e na distribuição da riqueza. Não se encontra no documento entregue pelo Governo sequer uma medida visando o crescimento económico, a criação de emprego, a diminuição das desigualdades sociais, ou uma maior justiça na distribuição da riqueza.
Acrescentando ou aprofundando medidas para além das já inscritas no documento apresentado em 2010, o PEC agora apresentado pelo Governo é constituído por um conjunto de orientações, impostas pelo grande capital e pelas potências dominantes da União Europeia, fortemente lesivas do interesse nacional. Nos PEC apresentados em 2010, apoiados pelo PS e pelo PSD, incluíam-se graves orientações, entretanto em aplicação, como o corte salarial, a diminuição real das pensões e reformas a par do aumento real da idade de reforma, a destruição de emprego público e a restrição dos meios disponíveis para os serviços públicos, o corte de prestações sociais como o abono de família, o subsídio social de desemprego e outras ou um programa de privatizações em larga escala de empresas públicas essenciais.
O PEC agora apresentado acentua o irresponsável garrote orçamental já antes previsto, apontando para um défice de 4,6% em 2011, 3% em 2012 e 2% em 2013, objectivos totalmente contrários à necessidade de crescimento económico e diminuição do desemprego no nosso país. O PEC agora apresentado não resolverá, antes agravará, o conjunto dos problemas nacionais.
Avança com a facilitação dos despedimentos, quer pela via da brutal redução das indemnizações devidas aos trabalhadores, incluindo para os contratos já existentes, quer pela via da facilitação dos procedimentos que a eles conduzem, designadamente no plano administrativo e do sistema judicial, medidas que se repercutiriam na diminuição do valor dos salários e remunerações. Prossegue a par disso o ataque à contratação colectiva e o alargamento da precariedade dos vínculos laborais.
Adiciona mais cortes aos orçamentos dos serviços e das empresas públicas, o que significará um agravamento ainda maior das dificuldades do seu funcionamento e até em muitos casos a sua paralisação efectiva, com dramáticos prejuízos para as populações, como acontece por exemplo já hoje e cada vez mais na área da saúde. Consagra a continuação de encerramento de escolas e unidades de saúde, bem como a diminuição dos transportes públicos.
Avança com o objectivo de novos cortes nas prestações sociais, bem como no subsídio de desemprego, já totalmente congeladas por um lado e por outro retiradas ou diminuídas a milhões de portugueses pela aplicação da chamada “condição de recursos”, desguarnecendo os sectores socialmente mais fragilizados da sociedade e contribuindo decisivamente para o aumento drástico da pobreza e da exclusão social. Prolonga o congelamento já em vigor do IAS e perspectiva o corte e a diminuição real das pensões, incluindo as pensões mínimas. Prevê nova diminuição nas comparticipações e nos apoios na área da saúde.
Penaliza ainda mais o investimento público, reduzindo as verbas a aplicar na administração central, no sector empresarial do Estado, nas autarquias e nas regiões, fomentando ao mesmo tempo a política de privatizações e “concessões”.
Inscreve o agravamento dos impostos sobre o trabalho e sobre as pensões, bem como o agravamento do IVA em bens alimentares e outros essenciais.
Prevê a liberalização das rendas, a facilitação dos despejos e a “expulsão” dos inquilinos.
Assume como objectivo a completa liberalização e privatização de diversos sectores, aplicando as orientações neo-liberais da União Europeia e deixando-os à mercê dos grandes grupos económicos, com sérios prejuízos para as populações, como comprovam as situações em que esta política já avançou.
Não só deixa intocáveis os que existem, como considera atribuir ainda mais apoios e garantias à banca e ao sector financeiro, para além de preparar a entrega ao sector privado do BPN, já depois de o Estado ter assumido os prejuízos da gestão danosa de que foi alvo.
Esta revisão do PEC é apresentada no quadro de mais uma ofensiva contra a soberania nacional em que o Governo, o PSD e o CDS se preparam para aceitar a perda do controle ou o condicionamento de importantes instrumentos políticos, económicos e sociais – como é o caso do processo orçamental e do chamado “semestre europeu” - e para aceitar orientações totalmente contrárias ao interesse nacional. É neste quadro que se insere o “Pacto para a Competitividade” com as suas orientações de condicionamento dos salários e diminuição dos direitos dos trabalhadores, de redução de direitos e despesas com pensões, saúde e prestações sociais, de imposição legal ou constitucional dos limites para o défice e a dívida públicos, ou para a redução da margem nacional da política fiscal, designadamente em relação às empresas.
Entretanto, continua a não haver perspectiva de qualquer intervenção eficaz para combater a especulação financeira, em concreto no que diz respeito às dívidas soberanas de alguns países, entre os quais Portugal, mantendo-se o escandaloso saque de recursos nacionais por via do agravamento dos juros. Aliás as conclusões do Eurogrupo consagram a subordinação de qualquer apoio aos Estados por parte do fundo europeu de estabilização financeira, à avaliação e às regras do FMI.
A aplicação das regras do Pacto de Estabilidade e crescimento e dos subsequentes Programas, contribuíram para a degradação das condições de vida da população portuguesa, para cercear direitos e aumentar as desigualdades, bem como para acentuar as debilidades da nossa economia, em divergência há mais de uma década com a média da União Europeia, debilitando o aparelho produtivo e aumentando a dependência externa.
A alternativa que se coloca ao país, não é entre este PEC e o FMI. A alternativa que se coloca é entre as políticas de desastre nacional que nos conduziram à actual situação e uma ruptura e uma mudança na vida política nacional, que abra caminho a uma política patriótica e de esquerda que dê resposta aos problemas dos trabalhadores, do povo e do país.
Assim, tendo em conta as disposições regimentais e constitucionais aplicáveis, a Assembleia da República resolve:
A. Rejeitar o Programa de Estabilidade e Crescimento, revisto para o período até 2013, que o Governo apresentou à Assembleia da República;
B. Recomendar ao Governo a adopção de uma política patriótica e de esquerda de acordo com os seguintes princípios e orientações políticas e orçamentais:
a) Promover uma justa redistribuição da riqueza nacional produzida, designadamente através do aumento dos salários e das pensões e reformas, revertendo os cortes já efectuados e rejeitando novas restrições, contribuindo assim para o aumento do poder de compra, para o combate à pobreza e para a dinamização da procura interna, factor essencial do crescimento económico;
b) Concretizar de imediato o aumento do salário mínimo nacional para 500€, apontando um objectivo de crescimento para, pelo menos, 600€ em 2013;
c) Garantir o aumento das pensões e reformas, designadamente um aumento mínimo para as mais baixas de pelo menos 25€;
d) Defender e reforçar a produção nacional, o apoio ao investimento em fileiras estratégicas para o desenvolvimento económico e para o combate à nossa dependência externa, seja no plano agro-alimentar, seja na vertente industrial ou energética;
e) Promover políticas activas de crédito e fiscais que sustentem a actividade das micro e pequenas empresas;
f) Dinamizar o investimento público, nomeadamente de pequena e média dimensão e de proximidade, os investimentos reprodutivos, de suporte à competitividade e em I&D, e o desenvolvimento da despesa social, nomeadamente na educação, saúde e protecção social;
g) Reforçar o financiamento de autarquias e regiões, de forma a permitir um maior apoio às populações e tendo em conta a importância acrescida da actividade do Poder Local e das Regiões Autónomas para o desenvolvimento local e regional e em particular para a criação de emprego e para as micro e pequenas empresas;
h) Acelerar a aplicação dos fundos comunitários, recuperando os enormes atrasos na execução do QREN, PRODER e PROMAR, procedendo a uma profunda revisão regulamentar dos diversos programas (simplificação, celeridade na apreciação, na contratação e nos pagamentos) e garantindo que estes recursos públicos disponíveis possam ser mais e melhor utilizados pelos sectores produtivos e nomeadamente pelas micro e pequenas empresas;
i) Propor a alteração urgente das regras das comparticipações nacionais para projectos financiados com fundos comunitários, garantindo uma redução significativa destas contrapartidas, (do Estado e dos agentes económicos), pelo menos durante o tempo de execução dos programas de consolidação orçamental, permitindo assim condições para uma efectiva absorção de fundos comunitários e para uma plena execução do QREN;
j) Defender um forte sector empresarial do Estado, dinâmico e eficiente, pondo fim ao processo de privatizações anunciado ou em curso, às chamadas parcerias público-privadas, travando e revertendo concessões ao sector privado e reafirmando o interesse nacional do controlo público em sectores estratégicos, designadamente o sector financeiro;
l) Defender e reforçar os serviços públicos, garantindo o seu financiamento adequado e o reforço dos recursos humanos disponíveis rejeitando a progressiva diminuição do número de trabalhadores, travando e revertendo o processo de sucessivos encerramentos, designadamente na saúde e na educação.
m) Combater eficazmente o desemprego e assegurar um efectivo apoio aos desempregados, defendendo o emprego público e a prestação de serviços públicos gerais e universais às populações, e alargando o acesso ao subsídio de desemprego;
n) Combater a precariedade laboral, seja pela forma de contratos a prazo, trabalho temporário, falsos recibos verdes ou outra forma, garantindo que a um posto de trabalho permanente corresponde um vínculo permanente;
o) Devolver o acesso às prestações sociais àqueles que delas devem beneficiar, revertendo o sucessivo corte e retirada de direitos que tem sido aplicado e garantindo o direito individual a estes apoios;
p) Concretizar uma outra política fiscal, que aumente a tributação sobre os principais detentores da riqueza e sobre os enormes lucros obtidos pelas grandes empresas e grupos económicos, bem como sobre as elevadas remunerações dos seus gestores, em vez do agravamento dos impostos sobre os trabalhadores, os pensionistas e os reformados; que alargue a base tributária, combata a economia paralela, a fraude e a evasão fiscal, que tribute de imediato todas as mais-valias, que reduza benefícios fiscais em sede de IRC e elimine totalmente os que são usados pela banca e pelo sector financeiro, (incluindo as respectivas dependências ou agências no off-shore da Madeira), que crie taxas suplementares sobre os lucros acima de 50 milhões de euros dos grupos económicos e financeiros, que crie uma tributação especial sobre riqueza, bens de luxo e patrimónios elevados, nomeadamente mobiliários, que crie um novo imposto sobre transacções bolsistas e transferências financeiras para off-shores.
q) Garantir preços e custos de bens e serviços essenciais na banca, seguros, energia, telecomunicações e transportes (portagens e bilhetes ou títulos, incluindo passes sociais), que assegurem a competitividade da generalidade das micro, pequenas e médias empresas, designadamente do sector exportador, e da capacidade aquisitiva das famílias.
r) Reforçar as condições para a promoção da poupança interna como elemento de redução da dependência externa, facilitando as condições de acesso aos instrumentos da dívida pública para faixas mais largas da população, designadamente ao nível da subscrição mínima, bem como melhorando as condições de atractividade para os aforradores nacionais;
s) Adoptar as medidas de poupança em áreas da despesa pública que não beneficiam o interesse colectivo, impondo designadamente o limite da remuneração do Presidente da República a todas as remunerações no sector público, incluindo o sector empresarial do Estado, eliminando estruturas desnecessárias, designadamente as criadas para enfraquecer serviços e sectores públicos e para preparar privatizações, e travando a crescente transferência de recursos públicos para o sector privado;
t) Adoptar uma iniciativa política do Estado Português junto da União Europeia que imponha a consideração solidária dos problemas que igualmente afectam outros Estados-membros, que vise uma estratégia para o crescimento económico e o emprego conforme com os objectivos comunitários de convergência e coesão económica e social;
u) Promover a suspensão do Pacto de Estabilidade e Crescimento e a sua revisão, dando lugar a um novo documento em que os processos de consolidação das finanças públicas dos Estados-membros sejam instrumentais de políticas de desenvolvimento económico e social, tenham em atenção a conjuntura económica e os estádios de desenvolvimento e as necessidades específicas de cada.
v) Definir e propor um novo calendário comunitário para o Programa de Estabilidade e Crescimento ajustado às necessidades específicas de cada país, tendo em conta que percursos e situações diferenciadas devem determinar programações diversas, objectivos diferentes e tempos de duração próprios, seguindo e reforçando, neste aspecto, o que já hoje está aliás adoptado ou se anuncia para alguns Estados-membros, relativamente aos respectivos programas de estabilidade.
x) Adoptar medidas comunitárias extraordinárias e específicas para as trocas comerciais externas, que permitam a países como Portugal, com problemas graves de endividamento externo e com riqueza produzida inferior à média comunitária, penalizar transitoriamente as importações e apoiar de forma acrescida as respectivas exportações.
Assembleia da República, 22 de Março de 2011

sexta-feira, 15 de abril de 2011

1º candidato da lista da CDU no distrito de Faro


                                  Direcção da Organização Regional do Algarve do PCP
                                                                     PAULO SÁ 
   1º candidato da lista da CDU
no distrito de Faro


Paulo Miguel de Barros Pacheco Seara de Sá, 45 anos, professor de Física na Universidade do Algarve, encabeçará a lista da CDU às eleições legislativas do próximo dia 5 de Junho.
Membro da DORAL e da Comissão Concelhia de Faro do PCP, aderiu ao Partido em 1983. Membro da Comissão Regional para as Questões da Educação e Ensino da Direcção da Organização Regional do Algarve do PCP.
Eleito na Assembleia Municipal de Faro.
Estudou na U.R.S.S., onde foi Presidente da Associação de Estudantes Portugueses.
Licenciatura e Mestrado em Física, na Universidade Estatal de Moscovo. Doutoramento e Agregação em Física no Instituto Superior Técnico.
Foi membro da Comissão Nacional do PCP para a Ciência e Tecnologia. Foi candidato pela CDU à Assembleia de Freguesia de Montenegro nas Eleições Autárquicas 2005. Foi vice-presidente do Conselho Directivo da Unidade de Ciências Exactas e Humanas, presidente do Conselho Pedagógico da Faculdade de Ciências e Tecnologia e membro do Senado da Universidade do Algarve. Actualmente, é membro do Conselho Geral da Universidade do Algarve.
Foi cabeça de lista da CDU às eleições legislativas de 2009 pelo círculo de Faro.
Membro do Conselho Geral do agrupamento de escolas do Montenegro/Faro. É presidente da associação de pais e encarregados de educação deste agrupamento.
Foi fundador e membro da 1ª Direcção do Centro de Ciência Viva do Algarve. É membro do conselho consultivo deste centro.
Foi mandatário distrital da candidatura de Francisco Lopes à Presidência da República.


Com a presente divulgação, a CDU no distrito de Faro dá início à expressão pública dos seus candidatos, no quadro de um processo que envolverá a apresentação do conjunto da listas e a sua formalização e entrega no tribunal.
Candidatos que asseguram simultaneamente a confirmação e prosseguimento da experiência e do provado percurso de trabalho do actual Grupo Parlamentar e garantia para o futuro da exigência colocada pelos eleitos da CDU no exercício das suas funções políticas e parlamentares.
Ligados à vida e às aspirações populares, os candidatos da CDU dão expressão ao protesto e à exigência de uma mudança efectiva na vida política nacional e asseguram uma combativa contribuição para a mobilização e esclarecimento indispensáveis à afirmação de uma política patriótica e de esquerda.
No quadro do agravamento geral da situação social no Algarve, mais falta faz ao Algarve deputados eleitos pela CDU. Como sempre, confiamos nos trabalhadores e no povo.

7 de Abril de 2011           O Gabinete de Imprensa da DORAL do PCP 


EM BUSCA DE UMA ALTERNATIVA

EM BUSCA DE UMA ALTERNATIVA


Estamos em cima da hora para procurar alternativa  de governo, seja pelos acontecimentos que, por esse mundo, estão surpreendendo muita gente, seja pela situação em que, particularmente, foi feito cair o nosso País. As gentes olham à sua volta na procura da resposta, duma resposta credível, para as interrogações sobre o futuro, o seu futuro, e o daqueles que se lhes vão seguir, dos quais muitos já fazem parte deste mundo de dúvidas e incertezas. Sem falar do medo do presente que avassala e apavora as famílias.

Entre nós, já os oportunistas se perfilam na corrida para ocupar o espaço do Poder onde se poderão consubstanciar as respostas, e eles dizem que as possuem.
Ora vejamos que a grande, a básica caracterização das políticas seguidas até hoje, tem sido a desonestidade intelectual, e a desonestidade política. Não se incluem agora a desonestidade que redunda em benefícios directos, porque essa é a consequência inevitável das outras já ditas. Uma vez desaparecidas as corrupções intelectual e política, desaparece automaticamente, deixa de ter lugar e espaço, a corrupção material, nas formas do enriquecimento ilícito, dos compadrios, do tráfico de influencias, dos favorecimentos, do nepotismo, que estão emporcalhando a vida em sociedade. Diga-se, que estão sujando a democracia que o País pretendia limpa e transparente.
O PSD, já escolheu o mote, diz que o PS se esgotou, e que agora é a sua vez. E que, para isso, é preciso que receba o voto de todo o País. Para quê, exactamente, não fica nada claro, não se percebe bem, as falas são sobre generalidades, apoiadas em afirmações por provar, e com objectivos, e métodos para os atingir, não concretizados. As medidas anunciadas, são a continuação, para pior, das que têm vindo a ser aplicadas até agora pelo PS.  

Não há nada dito pelo PSD sobre novas formas concretas, exactas, para garantir o direito público à saúde, o direito público a uma justa reforma e suporte na velhice, o direito publico  à instrução  até onde cada um puder, ou quiser, chegar, o direito público de acesso ao trabalho com plenos direitos laborais. Nada é dito pelo PSD sobre o papel do Estado na garantia, que lhe compete, do direito público à qualidade de vida, à paz social, à solidariedade. Nada do que é dito pelo PSD prima pela clareza e transparência onde se possa apoiar a certeza da honesta mudança de procedimentos, que substitua o método, do PS, de falsas promessas.
O que se sabe, de concreto, é que o PSD tem sido parte activa nas politicas seguidas pelo tal PS que agora diz esgotado. Não que o PSD se tenha oposto aos resultados das acções do PS, o que tem é achado poucos. Ou seja, que quer mais, muito mais, do mesmo que, a verdade é essa, provocou os problemas actuais.
O PSD, não é alternativa.  A alternativa, é uma completa viragem na política nacional. Está em quem propõe uma nova política, em quem não permita a continuação da actual.




Enfileirando na primeira linha dessas propostas de verdadeira alternativa, onde sempre esteve, encontra-se, sempre, o PCP.




quarta-feira, 13 de abril de 2011

VOTO DE LOUVOR AO PARQUE ZOOLÓGICO DE LAGOS


Assunto: ANO INTERNACIONAL DA BIODIVERSIDADE
                     VOTO DE LOUVOR AO PARQUE ZOOLÓGICO DE LAGOS

 Um dos objectivos do Ano Internacional da Biodiversidade é a consciencialização sobre a importância da biodiversidade, alertando todos os cidadãos para o contínuo empobrecimento do Planeta, com o desaparecimento de milhares de espécies.
Neste ano de 2010, Ano Internacional da Biodiversidade, merece destaque o trabalho que o Zoo de Lagos tem vindo a desenvolver em prol da preservação de espécies e da consciencialização de todos, sobretudo dos mais jovens, para a sua importância, bem como igualmente merecem destaque o profissionalismo e dedicação dos responsáveis do Zoo que ao longo de dez anos, comemorados no passado dia 16 de Novembro, contribuíram para que o Parque Zoológico de Lagos tenha hoje cerca de 150 espécies de animais e 200 espécies botânicas dos cinco continentes, num espaço de comunhão com a natureza.
Face ao exposto o eleito da CDU propõe que:

A Assembleia Municipal de Lagos delibere:
  1. Saudar o Parque Zoológico de Lagos pelo seu 10º Aniversário.
  2. Aprovar um voto de louvor pelo contributo importante que o Zoo de Lagos tem prestado na salvaguarda das espécies, educando para a importância da biodiversidade.

Lagos, 6 de Dezembro de 2010                              O Eleito da CDU

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