DUAS EXPOSIÇÕES EM LAGOS
Abrir uma exposição a publico, é sempre um enriquecimento da comunidade a que se dirige. É, sempre, fornecer novos conhecimentos, levantar mais um motivo de uso da inteligência e do raciocínio, provocar novos meios de formação de opinião. Em resumo, é fazer funcionar o mecanismo da capacidade crítica que diferencia o ser humano de todos os outros seres vivos.
Seja sobre temas, sobre trabalhos e obras, sobre vidas decorridas, em cada exposição que se visita, mais se fica a saber, mais informação se recebe, melhor se prepara a construção dos dias que hão de vir.
Duas novas exposições estiveram a público em Lagos. Uma, sobre a vida de Maria Lamas, nos antigos Paços do Concelho, promovida pelo MDM, Movimento Democrático das Mulheres. Outra, de pinturas de Luiz Taquelim da Cruz, no caso o Taquelim, no Centro Cultural de Lagos.
Foi bom visitar ambas.
Foi saber sobre a vida de Maria Lamas, saber como ela contribuiu para que, no seu País, as mulheres da sua terra olhassem de maneira diferente para a sua vida, o seu estar no mundo, construíssem a libertação de velhos e caducos espartilhos, que não só físicos, como, principalmente, sociais. E mentais.
Foi ver, nas pinturas de Taquelim, a expressão, livre, aberta, por ele próprio construída, do seu olhar para a vida e para os outros, sem escolas ou estilos, no à vontade das formas e dos meios por ele mesmo escolhidos, e assim nos dar a ver, também a nós todos, que é com cada um a liberdade de como traduzir o mundo à sua volta. E nele intervir.
Ambos, tanto Maria Lamas como Luiz Taquelim da Cruz, comungam dos mesmos ideais de justiça e fraternidade no mundo, e nesse sentido se juntaram aos que, no PCP, lutam por esse futuro melhor para a humanidade.
José Veloso
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