Assunto: SOBRE O FALECIMENTO DE JOSÉ SARAMAGO
A morte de José Saramago no dia 18 de Junho de 2010 constitui uma perda irreparável para Portugal, para o povo português, para a cultura portuguesa.
A dimensão intelectual, artística, humana, cívica, de José Saramago fazem dele uma figura maior da nossa História.
A sua vasta, notável e singular obra literária – reconhecida com a atribuição, em 1998, do Prémio Nobel da Literatura – ficará como marca impressiva na História da Literatura Portuguesa, da qual ele é um dos nomes mais relevantes.
Construtor de Abril, enquanto interveniente activo na resistência ao fascismo, ele deu continuidade a essa intervenção no período posterior ao Dia da Liberdade, como protagonista do processo revolucionário que viria a transformar profunda e positivamente o nosso País com a construção de uma democracia que tinha como referência primeira a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo e do País.
José Saramago como autarca desempenhou funções como Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa.
José Saramago era militante do Partido Comunista Português desde 1969 e a sua morte constitui uma perda para todo o colectivo partidário comunista – para o Partido que ele quis que fosse o seu até ao fim da sua vida.
Foi a este homem que o País nos dias 19 e 20 prestou merecida homenagem, tendo o Governo decretado dois dias de Luto Nacional.
A Assembleia Municipal de Lagos reunida no dia 28 de Junho associando – se à homenagem nacional, a José Saramago delibera:
- Manifestar o seu voto de pesar pelo falecimento de José Saramago, cumprindo um minuto de silêncio.
- Expressar as suas sentidas condolências à sua companheira, Pilar del Rio e restante família.
- Recomendar à Câmara Municipal de Lagos a atribuição do nome de José Saramago a uma avenida, praça ou rua da nossa cidade.
Lagos, 28 de Junho de 2010
O Eleito da CDU
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