E uma realidade que as pessoas, o País, se sentem metidos num beco, para onde foram atiradas sem perceber porquê, e perguntam se há saída.
Dizem-lhes que foi a crise, essa entidade fantasmagórica, abstrata, sem rosto, uma espécie de fatalidade cósmica, que terá nascido do nada, num mundo cor de rosa, sem problemas, de que se diziam maravilhas. A esse mundo, chamavam-lhe “o mercado”, personagem sacrossanta, a cujas leis e ordens se devia obediência, como condição para o progresso e o bem estar. Não lhe havia alternativa, sem ele, o mundo desorganizava-se, seria o caos. Essa era a imagem transmitida.
Mas as coisas, neste mundo dos humanos, não acontecem assim. Tudo tem as suas razões, tudo tem alternativa, tudo tem mudança. A questão é que os motivos da crise são da própria natureza do tal “mercado”, e estão a ser escamoteados. O gabado “mercado” mostrou a sua verdadeira face, maldosa, cruel, sem escrúpulos, gananciosa, tal como aqueles que fazem as tais leis, que dizem ser do “mercado”, mas que não teem nada de geração expontanea, nem de inevitável. Eles são, na realidade, os especuladores financeiros, que provocaram a crise para com ela ganharem, e fazerem ser paga pelos incautos que acreditaram.
Mas o beco tem saída, difícil, exige decisão, lucidez e coragem, depende da correcta informação pública, mas tem. Está, primeiro, na luta firme para parar a investida do que dizem ser a cura para a crise, e que é a manutenção da doença política que a provocou.
Depois, para mudar a forma de governo. Não para um com outro nome, mas igual, e sim para uma mudança real, que retire a governação das mãos dos centros financeiros que, através da economia, teem controlado a política do País.
O beco tem saída. É questão de saber onde está. Está noutra política, decidida pelos interesses nacionais. Uma política não subordinada aos interesses financeiros, sejam nacionais sejam externos. Coisa que os que teem governado até agora, todos eles, não querem aceitar, querem continuar no Poder para submeter o País aos mesmos ditames.
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